Ínvia

Desde Ymir a Gullveig e sem teurgia,
Qlippoth, Dugpas, Mammon, Grendel em massa,
Caldeiam-se em Kanagawa (1), que amordaça,
Númen latebroso ao ónus que asfixia.

Por melhor "linha ley" (2) que a tetania,
E a ardejar, qual Kriemhild (3), sob o que laça,
Tempesteia, sibilina, brame a raça
Num vau em perspicuidade que alvearia

Mais que Abramelin ou de Shangri-La (4).
Martela (5) o que liberta (6), em via dum álime.
Somente a malabar Métis abula.

Abismo

Harpia desventura se vive

Marmóreo vislumbre de um reflexo que não vemos,

Hiato entre o que é e o que será

Aquilo que se vive e se anseia.

Perpétuo sonho, que no seio do seu carpelo

Inanimado se mantém!

Paz que não se carrega,

Numa igualdade desumana que nos faz refletir,

Prosopopeia silenciosa que nos ocorre!

Estranho ser e sentir,

Se sentindo nos encontramos agora!

Liberdade presada que teimamos usurpar

Voltando-nos para o azul esverdeado

De um mar desconhecido.

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