Teus Olhos Entristecem

Teus olhos entristecem
Nem ouves o que digo.
Dormem, sonham esquecem...
Não me ouves, e prossigo.

Digo o que já, de triste,
Te disse tanta vez...
Creio que nunca o ouviste
De tão tua que és.

Olhas-me de repente
De um distante impreciso
Com um olhar ausente.
Começas um sorriso.

Reconfigurar o trajeto

Mordiscar os lábios perfeitos
Quem disse que o amor começa com um beijo?
Deixa vir...
Antes, com as credenciais
Uma olhadela com profundidade única
Um abraço, antes o apreço
Sentir o que primeiro ?
Um arrepio que o cinema não consegue ver, muito menos registrar!
Um te amarei para sempre...
Discorde inicialmente
Das facilidades
Ame depois e durante...
Perdoe sempre!
Aja fogo para derreter as panelas
Perfeitas...
Que os alimentos não faltarão
Antes e depois dos beijos

um firmamento interior

recupero os meus ultrajes para os poder examinar: foram tempos de sofrimento gerado por uma ingenuidade caloira; foram castiçais despedaçados contra um espesso paredão; foram agressões violentas oriundas de festas pagãs; foram obstáculos escabrosos que eu não soube transpor.

"PRECE"

#poetry #literature #co-authorie

"PRECE"

by: Fernando Antônio Fonseca
& Veronica Vienna

a chuva precede a colheita

de quem planta

o sol antecipa a chuva

de quem ama

o fogo cala o frio

de quem não ousa

e atravessa a barreira

que, outrora

era quase intransponível

porfim,

a colheita cessa com a

turbulência da tempestade

e os corações sofridos

e esquecidos

tornam-se apenas

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