Carta a Sra. Méry Christmas

Carta a Sra. Méry Christmas
Mauro Antonio

Querida Senhora, esse seu marido,
Vendedor de ilusão e refrigerantes,
Não revisita ninguém noutros instantes,
Não vê a dor do povo sofrido.

Sequer sabe ele que pessoas
São escravizadas na escala 6X1
Sem compaixão de ministério algum,
Segue com suas renas numa boa.

Quero também frisar
Que pobre com ele não tem lugar,
Seu trenó desvia dos morros,

pontes, poentes, paraísos lexicais.

aboli a banal compreensão dos factos para enveredar por um trilho intelectual onde os vocábulos rebentam o gradeado da mediocridade para produzirem um homem novo: onde os conselhos dos sábios irrompem no seu pensamento para que ele rejeite os tumultos humanos.

 

O leitor e o poeta

Quer ouvir um poema? Diz o poeta com entusiasmo

"Claro! Porque não?" Diz o leitor

Estamos morrendo aos poucos, tecnologias estão acabando com a humanidade e a criatividade, vivemos e aprendemos pra no fim perdermos tudo aquilo que conquistarmos, a única coisa que salva nos é o amor que a muito tempo foi perdido, aqueles que realmente acreditam no amor não amam nem a si mesmo, como eles poderiam amar outros

pontes, poentes, paraísos lexicais.

consagro na poesia os ditames que refutam as nossas vidas; que censuram as entidades que nos oferecem benefícios interesseiros; que nos promovem a emissários das vetustas tradições; que soerguem o edifício das angústias que nos vinculam a homilias impostoras.

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