Fina essência!
Autor: DiCello Poeta on Friday, 20 December 2019
Como posso não me inspirar
nas linhas e curvas deste teu ser
Corpo Negro
Sai do cosmos em panteão de radiação de um corpo negro
Sem virtudes sem vícios sem maniqueísmos, não é Aspásia em virtudes Homéricas
Muito menos a devassa imperatriz Messalina sem juízo em palácios romanos
Não é cor de paredes de palácios interiores, não é cor de parede aplicada em dupla mão em palácios exteriores é pele herdade de fina pele em útero é cor de homem em pleno corpo
Se me deixares viver,
Sobreviver mais um bocadinho.
Não voltar é morrer,
Morrer contigo ou morrer sozinho.
Dentro do nevoeiro o perigo é não saber,
Não ver o que se aproxima.
Quando não houver mais caminho a percorrer,
O meu destino é a rima.