A CRENÇA

Um dia acreditei

Em coisas maravilhosas

Pessoas todas bondosas

E disso me alimentei

Bem até quando não sei

Sei que o tempo a tudo come

 E entre o que ele consome

Fez de prato a minha crença

Deixou como recompensa

Ver o bem morrer de fome

-

Quem sabe esteja errado

Traduzido em outra língua

E a palavra cause mágoa

A quem ouve em outro lado

Que talvez modernizado

Apagou como ao “latim”

E a humanidade assim

Pede paz e ganha a guerra

No nosso planeta terra

sem noção em apena um minuto.

escrevo palavras
então soam palavras nos muros da velha sp
corro perigo então grito .pode ao menos me escutar
não fico calado
misturo blues com samba ouve-se
dona ivone Lara
chegue mais perto
de mim teu cheiro você totalmente demais
nua pura como veio ao mundo.
então fico parado minhas mãos
sem permissão
não diga não
nada pode ser
nada pode ter entre nós dois

Todo instante

Todo instante adormecido
melhor despertar para avalanche de batalhas
quero lâmpadas de led para iluminar
o quarto escuro da brava solidão
quantos mentiram
e eu não
tenho um punhado de fé
que felicidade é a próxima estação!
Todo instante enfurecido
melhor adormecer para o ódio passar
quantos diminuídos
com arsenal nas mãos
todo mau juízo que prolifera
meu Deus, tira arma desta fera
que a pólvora pode tatuar
e paz pode não chegar?
Deixou de ser latente o desejo dela

Dói-me tanto a alma...

Hoje esgotou-se a solidão trajada de silêncios quase impunes
Deixou resíduos de mágoas, ali a bolinar tão serenamente vulneráveis
Devorou a luz que imune, se escondia entre as fendas do tempo imparável
 
Hoje dói-me tanto a alma que até me esqueci de lograr o silêncio impenetrável
Ver entardecer o dia regando com lágrimas o jardim de preces mágicas e afáveis
Costurar neste poema a indumentária de cada uivo felino, voraz e indecifrável
 

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