Irreal nudez coberta por futilidades

Visto-me de correntes que cercam toda a nudez que apresento.
Nudez esta que apenas o olho material vê, pois as correntes não são visíveis...
Fechando os olhos, abro o olhar cego ao mundo e vejo o que só o sentir pode ver!
As correntes ficam visíveis...
Sinto o meu corpo imóvel, preso pelos medos e angústias que o impedem de se mover...
Sinto a minha mente vazia, apagada pela ilusão de realidade que a impede de sonhar...
Sinto a minha alma cansada, sugada por crenças e preconceitos que livre a impedem de ser...
Estas são as correntes que visto!

Fora do habitual

Abro os olhos, e respiro fundo.

A luz rompe por entre as cortinas de um quarto um pouco escuro.

É absurdo, e num minuto diminuo a ânsia que possuo desde miúdo.

Atrasado para todo o lado, para todo o lado a correr.

Descontrolado este ritmo apressado a viver.

Um ímpeto desmotivado, sem espaço para ser,

Algo mais dedicado, passatempo, ou a ler.

Subitamente, incrédulo, sem querer acreditar.

Um quebra rotina numa que não parecia quebrar.

Numa praia virtual, ondas de histórias.

Uma conversa incendiou florestas de memórias.

Pages