(4) Voando sobre um ninho de fadas

Domingo dia 24 de junho de 2018

Volto a acordar cansado, não me apetece desfazer a barba, depois do banho tomo o pequeno almoço e isolo-me na sala das atividades.

Falo comigo.

Sonhei com o meu Pai e com as caçadas que fazíamos nos campos do mondego, raramente caçávamos qualquer animal, conversávamos e caminhávamos nos restolhos dos arrozais.

Aldeia de Joanes e sua toponímia

ALDEIA DE JOANES E A SUA TOPONÍMIA

ANTÓNIO ALVES FERNANDES·SÁBADO, 23 DE JUNHO DE 2018

Há muito que a Toponímia, os nomes dos lugares, das ruas, das praças me têm chamado a atenção, nas nossas aldeias, nas nossas vilas, cidades e campos. A razão de ser dos seus nomes, de ser este e não aquele. Todos têm as suas histórias, as suas lendas.

Vivo...

Vivo momentos

de ansiedade

conto dias horas,

minutos

quero estar contigo

e não vejo a hora

estou curioso

da tua maneira de ser

quero saber tudo

o que me permitires

quero partilhar o meu tempo

ouvir a tua voz

observar os teus gestos

ler o brilho dos teus olhos

decifrar o teu sorriso

ser o teu confidente

tocar o teu rosto

e se me deixares

sentir o sabor dos teus lábios

e descobrir-te em segredo...

A CASA E A MINHA AVÓ

A CASA E A MINHA AVÓ

ANTÓNIO ALVES FERNANDES·SÁBADO, 23 DE JUNHO DE 2018

Todos os seres humanos têm duas avós e dois avôs, maternos e paternos. Pessoalmente só conheci a minha avó paterna, Maria Luísa Fernandes, as outras faleceram antes de eu nascer.

A casa da minha avó ficava na Bismula (Sabugal), junto ao Largo da Ladeira, hoje Rua da Procissão. Nas proximidades, outros habitantes, “as bichas”.

(3) Voando sobre um ninho de fadas

Sábado dia 23 de junho de 2018.

Acordo cansado, o meu colega de quarto ainda dorme, faço a minha higiene diária e tomo o pequeno almoço, o meu amigo F. fala comigo, as suas histórias acordam-me, começa mais um dia.

Caminho pelos corredores da unidade e volto a ser solicitado pela ansiedade de pessoas sem rumo. Pedem-me tabaco, café, dinheiro, palavras, gestos, mãos, abraços… passo a ala e isolo-me na sala de atividades, no Sábado costuma estar vazia, aproveito o silêncio.

Falo comigo.

LEMBRANÇAS...

MADRUGADA...ESTOU SÓ...

A CAMA ESTÁ VAZIA.

INTACTO AINDA O LENÇOL...

QUE COBRIU VOCE UM DIA!

 

FECHO OS OLHOS A LEMBRAR...

DA MINHA FELICIDADE...

QUANDO ÀS TARDES AO CHEGAR...

VOCE ME ESPERAVA À VONTADE!

 

ERA LINDO O SEU SORRISO...

FALAR NEM ERA PRECISO...

VOCE SEMPRE ME ABRAÇAVA!

 

ME LEVAVA AO NOSSO QUARTO...

TIRAVA O MEU SAPATO...

ALI A GENTE SE AMAVA!

 

(Autor: Divacy Lemos)

Hiperatividade

Pelas escadas desta pureza

Chegaste ao teu destino tão abraçado a nada que naturalizasses,

Reflexas-te pelo cabelo abaixo ou pés acima,

Depende tudo das tuas manias.

 

A tua pele pós-suada aperta,

O teu cheiro embala os olhos duvidosos enquanto escuta os juncos tão navegantes como assassinos,

No teu corpo deslizavam as expressões…

Tens nele tatuadas palavras de carne,

Nas tuas mãos tens o teu sangue e o suor mais desconhecido,

Das tuas orelhas tiraste os brincos… rrrrrrr,

Fala!

Pages