Amor

Coreografia da cegueira

E nós incapazes
 
de reconhecer os traços
 
gentis e esfomeados do amor
 
nos entregámos de vez
 
aos cuidados consentidos
 
desta metáfora em desalinho
 
numa coreografia cega,intempestiva
 
sem embaraços, nem contratempos
 
ilibados nesta poesia
 
sufragando todas as ilusões
 
num veto sereno de amor
 

Cinza

Apareceste como és e eu apresentei-me como sou.
Nem te vi chegar, como chega a noite, primeiro um bocadinho, e depois completamente.
Debrucei-me titubeante sobre ti, fui ridículo. Sem charme. Longe da tua perfeição tão pura, tão simples.
Sorriste-me, deslumbrei-me. Falaste-me dos teus sonhos,e eu sonhei. Beijaste-me, e eu nasci.
Seguraste-me, e eu vivi. Apaixonei-me. Dei-te. Deixaste-me, e eu morri. Não recebi. Deixei-me. Esqueci-me.

AMOR SEMPRE

 

 

 

 

Mandei passar em redor de mim…o amor

O amor verdadeiro, sincero, imortal…

Aquele amor que nunca se esgota

Nunca se cansa, nunca desiste!

Aquele amor que se reinventa

A cada nascer do dia

A cada cair da noite.

Mandei passar em redor de mim…o amor

Para nunca poder…

Livrar-me dele.

 

Mário Margaride(Gil Fernandes)

AMOR INSANO

 

 

 

 

Deixo-mo levar…

Por este vento que sopra dentro de mim

Vento suave e doce

Como doce é o teu perfume

Que me encanta com a sua essência

Me inebriando os sentidos

E fazendo imergir as minhas emoções

Insano é este amor que me invade

Se apodera de mim

Me corrói as entranhas

Me enlouquece, num desvario indescritível

Me fazendo gritar de alegria

RECORDAÇÕES

 

Fui alguém, que não dançando, dançou

E fui quem passou momentos tais…

No corpo e na alma, tão reais…

E quem o som da música, em mim ficou.

 

Tantas canções ouvi, que me encantaram!

Muitas dancei, lindas demais…

Outras tristes, sofridas, sempre iguais

Que dentro dos meus ouvidos, lá ficaram.

 

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