Mesmo tendo a minha família, os meus amigos, ainda assim me sinto solitária.
Ninguém entende o que eu sinto,
Ninguém sabe o eu sinto e ninguém vai saber,
Ninguém vai entender,
Passei pela mesma coisa,
É como já diz a música: nunca mais vou encontrar alguém
Igual aquele que eu perdi, nunca...
Enquanto ele ainda gostava de mim
Eu também gostava dele,
Mas sei lá, era um relacionamento muito diferente,
Sei-te no abraço de ontem,
de hoje e dos que estão por vir,
os teus braços quando me envolvem,
ai amor tu fazes-me sentir,
coisas que eu não sei explicar,
porque os braços não falam,
vivem eles de apertos,
e quanto mais apertados se calam...
Sei-te...e sei-me a mim,
de nós dois só Deus sabe,
o tanto que vai no nosso enlace,
e quanto querer nele cabe...
Ártemis
Quantas lagrimas terei de derramar
Para a minha alma lavar
Aqui espojado neste chão
Aguardando a clemencia do teu perdão
Sei que dei alento ao verbo atraiçoar
Mas não sabia a quem amar
Fiquei confuso no momento
Não sabia mesmo o que dizer o que falar
Era parecida contigo, tinha todos os ideais
Pareciam momentos irreais
Pois nunca ninguém te será igual
Foi apenas a fraqueza que fez parecer tal
Não tenho muito para te dar
Apenas o meu amor incondicional
Agora que os teus quarenta estão a chegar
E nada mais ficará de novo igual
Sei que é uma fase complicada de entrar
Em que a idade também te começa a pesar
Mas tens-nos a nós para te acompanhar
o Gustavo e Matilde e por vezes até eu para cuidar
De dois passámos a quatro, a família cresceu
Necessitamos de uma casa maior para morar
Mas sem nem um emprego bom tenho eu
E que eu saiba ainda não se paga apenas com o verbo amar
Parti sem demora!
Ponha-me em teus braços
gélidos pelo tempo...
Conceda-me a inexistência
onde o erro em amar...
Se torne ...
Só mais uma estrela!
Passa num passo lento
No vôo do passarinho