SAUDADE
Autor: Marco Antonio C... on Monday, 18 February 2013SEI
AMAR
UNICAMENTE
DEMAIS
ALGUEM
DELIRANTEMENTE
ENLUARADO
SEI
AMAR
UNICAMENTE
DEMAIS
ALGUEM
DELIRANTEMENTE
ENLUARADO
Linda Monarca
Abres meus caminhos
Com perfume de encanto: mulher.
E na margem do surreal deliberante
É a marginalidade que me fascina
Com o furtacor de tuas asas: liberdade.
Monarca linda a borboletares
Meu real: ideal.
Serpenteando
Tal serpente: delirante
Todo o clamor do sexo
Que agora aflora da sensualidade
Do teu colorido bailado: Primavera.
Entreolho as lantejoulas espelhadas
Vidraças coloridas das paredes
Do teu corpo concreto edifício
Que só meus olhos desnudam...
Aqui embaixo continuas lindo
Metáfora vibrante dos olhos meus
Que desejam em ti aprofundar o infinito...
Como se pudesse o infinito
Decifrar profundamente
Tua alma límpida espelhada
Alma refletora dos mais distorcidos segredos
De todas as almas que por ti refletidas são...
Entre as flores de um jardim etéreo
Gracejas tu, jaspe luz em idílio amoroso
És bela: livre flor alada de límpidos liláses
Natureza: verde esperança que reflete
Poesia pelos olhos: citrinos edulcorados da saudade...
Quero compor, à noite, as poesias
E os nuances dessa lua morta,
Alcandorando minhas alegrias
Para os fantasmas que me batem à porta.
Dos camafeus, o brilho incontido,
Que faz medrar as dores do meu ser;
No tênue corpo níveo e definido,
Quero o olor das rosas pra viver.
Na tepidez real das madrugadas,
Teus seios nus molhados que intumescem
Em minhas mãos sofridas e caladas
Que te violam e desaparecem.
Meu corpo a procurar teu corpo ausente;
Minhas mãos a tatear sem direção;
Meus olhos a buscar-te eternamente
Nas curvas irreais do coração.
Meus braços a tocar dilacerando
Uma silhueta no espelho triste;
E a boca solitária mitigando
Teu beijo quente que ainda persiste
Em traduzir o anseio dos meus olhos
Pelo teu corpo calmo e transparente
Na trepidez volátil do meu mundo;
E esse meu corpo de areia e abrolhos
Beijando o dorso do teu corpo ausente
Encontra o gozo desse amor profundo.
Bebo de ti a água que me inspira
esta sede insana de amar-te
com frescura eterna.
Poetar o teu corpo para chegar longe dentro de ti,
ir ao fundo do teu profundo e não voltar.
Seres tu o livro do meu mundo.
Dar-me a ti sem distâncias,
esperar-te sem ânsias,
dar-te tudo.
Quero conquistar a direcção do teu olhar,
acender-me nos teus olhos e voar,
entrar em ti e em ti morar.
Pintar a minha alma nua no teu horizonte,