Dedicado

NA CACUNDA DO LAGARTO

NA CACUNDA DO LAGARTO
Um lagarto relâmpago relampejo,
de cores e amores rastejantes,
que empoeirava caminho,
saracoteou na frente de Claudinho.
Claudinho esfoliador de letras encomendadas,
das laudas prontas como fabrica de salsichas,
nem pensou e num instante grudou lagarto
passante como passageiro errante.
Na Cacunda do Lagarto misturou o seu destino,
fundiram perna corpo intestino,
os rabos emendaram e inventavam no caminho.
Na Cacunda do Lagarto ia Claudinho,
feito vaqueiro na caatinga,

O BICHO MANOEL

O BICHO MANOEL
Manoel foi pra festa no céu
na viola do urubu e não caiu
e não voltou, ficou azul.
Por que voltar, se todos os bichos
estão por lá a brincar e pular?
Antes de falar de Manoel fui
e fiquei a me enrolar nos Barros
na lama e no limbo das pedras
nas latas velhas do chão
procurei todos os bichos
pra me dar uma opinião.
Sapo me falou que fugiu
do Manoel que lia sua alma
que via sua calma
nos pulos que dava tão devagar.
Falei, também, com o João De Barro

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