Dedicado

linha

a vida é uma imensa linha de desvios que acabam por endireitar?

 

A história de cada um

É para ter mal algum?

Uma teia de enredos,

Imensa de tantos outros medos:

Linha!

De palavras em verso:

Desvios?

Que se tornam corrupios,

Acabam em súplica ou adivinha,

Por estarem no mesmo reverso:

Endireitar!

 

A linha!

Imensa teia de enredos?

Medos!

Verso?

de desvios!

Que se tornam corrupios:

Acabam adivinha,

Reverso!

Endireitar?

ponta do mundo

cada praia de ondas brancas de mar é uma ponta do mundo?

 

Cada volta,

Praia de água revolta!

De mar e céu,

Ondas cinzentas de breu,

Brancas de gente,

De espuma luzente,

Mar,

É o meu lugar!

Uma maravilha:

Ponta de terra feita ilha,

Do mais sério profundo,

Mundo!

 

Cada revolta!

Praia volta,

De céu

Ondas breu!

De gente,

Brancas luzente!

Mar!

É lugar:

Uma ilha

Do mundo,

Ponta profundo:

Maravilha!

trilho

todo o trilho é feito da terra e sinuosidade de cada um! Todo sentido! O mais simples passo rendido! Trilho! É um jeito ou cadilho, Feito de tentativas, de outras tantas aventuras: Terra E assim intempestivas! Sinuosidade, De nossa inteira vontade! Cada uma das desaventuras Um sarilho! Todo sentido, O rendido: Trilho, É cadilho? Tentativas, Intempestivas! Sinuosidade? Cada vontade

Um sarilho!

ficam as palavras

se tivermos que deixar alguma coisa neste mundo, que fiquem as palavras!

Se as vontades ainda persistem?
Tivermos então o tempo e mão a bem:
Que venham as palavras com significado!
Deixar num poema abandonado,
Alguma da vida humana,
Coisa mundana!
Neste dia de sol e calor,
Mundo redondo de amor,
Que assim as palavras expliquem:
Fiquem!
As existências:
Palavras de insistências!

cordas vazias

as cordas vazias são sinal de que a cidade espera ser estendida!

 

As pessoas ainda dormem?

Cordas esticadas que assim permanecem:

Vazias!

São como as memórias,

Sinal de que existem tantas histórias,

De pessoas que ainda dormem?

Que quietas ainda dentro permanecem,

A janela ainda está por abrir!

Cidade que ainda parece dormir!

Espera ser entretida, como nos outros dias!

Ser de novo comovida!

Estendida!

 

Dormem?

Cordas vazias?

Permanecem!

Memórias:

Pouco-Riso

Olhei para ela como se fosse a primeira vez!
Mas pela primeira vez, não poderia toca-lá
Pudi ouvi sua voz
Mas na prosa não havia mais nós!
Eu vi seu caminhar e seu pouco-riso.
Quando vi meu amor, estava triste
Algo nos impedia.
Troca de olhares,
Cada vez mais raras
-Pouco-riso!
O dia me entristecia
Na noite, saudade
Um aperto no coração
Pedi uma solução
Não queria desperdiçar
Meus sentimentos não eram em vão
Lembrava dos bons momentos
Das risadas e das brincadeiras

sem vela

como barco sem leme e sem vela: simplesmente à deriva, em espera!

 

Como a flutuar!

Barco que só quer navegar

Sem correntes,

Leme dos experientes

E depois chegar

Sem destino e ficar!

Vela como farol,

Simplesmente no mesmo rol,

À chegada!

Deriva ainda desesperada,

Em jeito e forma sincera:

Espera!

 

Como flutuar!

Barco:navegar,

Sem correntes?

Experientes!

E chegar,

Sem ficar!

Vela: farol,

Rol!

À chegada,

rua

todos temos a nossa rua, como uma história que fica e continua!

 

Todos a caminhámos,

Temos e mantemos,

A linha que desleámos,

Nossa desde que nascemos!

Rua!

Como corrupio,

Uma!

História que nos resuma?

Que conte o nosso desvio,

Fica como contámos

E,  foi assim:

Continua!

 

Todos caminhámos,

Temos!

A mantemos!

Desleámos,

Nossa rua:

Corropio

Que desvio?

Fica, contámos,

E assim:

Continua!

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