Dedicado

ficam as palavras

se tivermos que deixar alguma coisa neste mundo, que fiquem as palavras!

Se as vontades ainda persistem?
Tivermos então o tempo e mão a bem:
Que venham as palavras com significado!
Deixar num poema abandonado,
Alguma da vida humana,
Coisa mundana!
Neste dia de sol e calor,
Mundo redondo de amor,
Que assim as palavras expliquem:
Fiquem!
As existências:
Palavras de insistências!

cordas vazias

as cordas vazias são sinal de que a cidade espera ser estendida!

 

As pessoas ainda dormem?

Cordas esticadas que assim permanecem:

Vazias!

São como as memórias,

Sinal de que existem tantas histórias,

De pessoas que ainda dormem?

Que quietas ainda dentro permanecem,

A janela ainda está por abrir!

Cidade que ainda parece dormir!

Espera ser entretida, como nos outros dias!

Ser de novo comovida!

Estendida!

 

Dormem?

Cordas vazias?

Permanecem!

Memórias:

Pouco-Riso

Olhei para ela como se fosse a primeira vez!
Mas pela primeira vez, não poderia toca-lá
Pudi ouvi sua voz
Mas na prosa não havia mais nós!
Eu vi seu caminhar e seu pouco-riso.
Quando vi meu amor, estava triste
Algo nos impedia.
Troca de olhares,
Cada vez mais raras
-Pouco-riso!
O dia me entristecia
Na noite, saudade
Um aperto no coração
Pedi uma solução
Não queria desperdiçar
Meus sentimentos não eram em vão
Lembrava dos bons momentos
Das risadas e das brincadeiras

sem vela

como barco sem leme e sem vela: simplesmente à deriva, em espera!

 

Como a flutuar!

Barco que só quer navegar

Sem correntes,

Leme dos experientes

E depois chegar

Sem destino e ficar!

Vela como farol,

Simplesmente no mesmo rol,

À chegada!

Deriva ainda desesperada,

Em jeito e forma sincera:

Espera!

 

Como flutuar!

Barco:navegar,

Sem correntes?

Experientes!

E chegar,

Sem ficar!

Vela: farol,

Rol!

À chegada,

rua

todos temos a nossa rua, como uma história que fica e continua!

 

Todos a caminhámos,

Temos e mantemos,

A linha que desleámos,

Nossa desde que nascemos!

Rua!

Como corrupio,

Uma!

História que nos resuma?

Que conte o nosso desvio,

Fica como contámos

E,  foi assim:

Continua!

 

Todos caminhámos,

Temos!

A mantemos!

Desleámos,

Nossa rua:

Corropio

Que desvio?

Fica, contámos,

E assim:

Continua!

todas

somos seres de todas as palavras, mesmo as não ditas ou, escritas

 

Somos cheios de palavras inscritas

Seres de tantos sentidos,

de fechados e dos desmedidos,

Palavras que enchem,

mesmo as que não se entendem,

As eremitas,

Não as conhecemos,

Ditas?

Ou escrevemos:

Escritas!

 

Somos sentidos!

Seres desmedidos

Palavras enchem?

Ditas!

Conhecemos!

Não entendem?

Mesmo eremitas!

Não escrevemos:

Palavras inscritas!

luar?

nem todas as noites são noites de luar

 

nem todas as vidas são de espantar,

Todas têm o seu significado!

As razões e sentido apurado,

Noites de verão:

São?

Noites sem mar,

de guardar no coração,

Luar!

 

Nem espantar,

Todas significado!

Luar apurado,

Noites, mar

São!

de coração:

Luar?

sem insignificâncias!

um passadiço de madeira tem tanto significado como qualquer outra mera insignificância!

 

Um dia vou escrever!

Passadiço do mundo ser!

de vida e alegria,

Madeira com magia!

Tem todo o seu encanto!

Tanto!

Significado e relevância,

Como do submundo se erguer:

Qualquer!

Outra atmosfera,

Mera?

Insignificância!

 

Um escrever

Tem encanto?

Ser!

Alegria!

Tem magia?

Tanto!

Significado, relevância

Qualquer!

Insignificância?

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