Dedicado

A BAUDELAIRE

 

Por vezes eu vi

Ao fundo de um teatro banal

Um ser feito de escombros e poesia,

De riso triste e expressão sombria.

Talvez poeta, talvez mendigo,

Outrora menino hoje um senhor.

E meu coração que êxtase algum seduz

Viu uma luz na alma daquele ator.

Amiga

 

Assim linda,
Não gosto de saber que você está triste
Nem mesmo a chorar,
Mas se gosta dele tenta aguentar.

 

A noite estava chorando pensando no que aconteceu,
Agora esta achando que o amor morreu.
A arrogância começa a tomar,
Ajuda-o perdido em meio ao mar.

 

Nos homens vacilamos de mais,
Esquecemos o sentimento e destruímos o bom rapaz.
O que se passa em minha cabeça?
Esqueça!

 

Vigília

Meu Ocaso, minha irmã, meu sono...

Dei-me a beber.
Sou menos meu e mais do outro.
Como adivinharia os dedos por trás do mundo?

Depois de ti varreram-me o azul dos dias.

Tenho demasiada Europa derramada sobre mim...
Já não posso voltar.
Sinto-me banido.

Depois de um deserto vem outro.
Atrás de um Inferno, Outro.

Estou doente,
faz frio dentro de mim.

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