Dueto

DUETO - LAGOS - João Murty / Joana Aguilar

DUETO: João Murty/Joana Aguilar

LAGOS

Zavaia, Lacóbrica, Lagos, terra de lendas e de mar
De vizires, príncipes, boémios, poetas, vagabundos
Onde o litoral palpitante manda o Atlântico beijar
Num beijo com história da demanda de novos mundos.

Fortes, muralhas, igrejas, descobertas, Eanes, Infante
Pedaços de história cantados num poema que me conforta
Feitos por filhos de hoje e de outro tempo mais distante
Forjados na raça e orgulho de um passado que nos importa.

DUETO - TEMPO DE ALMA - João Murty / Fernanda Mesquita

TEMPO DE ALMA

Ai! Se eu pudesse parar o tempo e esculpir
Esculpia esse teu sorriso de lábios rosados
Emoldurado nesse olhar afogueado de fugir
De cabelos soltos de tons ruivos acobreados.

Ai! O porquê de tanta incerteza se o tempo voa e não para
Mas se chegar e não partir, é porque o prendi nos meus braços
Então eu vou rir, rir, porque o riso todos os males sara
Teria de novo os teus beijos e o calor dos teus abraços.

DUETO - AMNÉSIA - João Murty / Fernanda Mesquita

DUETO: João Murty/Fernanda Mesquita

AMNÉSIA

Tu sabes e não falas, não dizes quem eu sou
Vagueio como um cão que não tem dono
Percorro o meu destino, sem saber para onde vou
Como uma folha que erra, no vento do outono.

Sou um ente esquecido, uma amnésia da vida
Nesta alma errante, para quem nada importa
Apenas tenho silêncio, na memória esquecida
E a rua como morada. Uma parede nua, sem porta.

DUETO - LÁGRIMAS - João Murty / Fernanda Mesquita

DUETO: João Murty/Fernanda Mesquita

LÁGRIMAS

No céu azul dos teus olhos, correm nuvens de tempestade
nascidas no coração em dor, sopradas pelo vento do momento
lágrimas, solidamente agrilhoadas aos ferros corroídos da saudade
tardam a apagar o fogo, que ateia a desilusão e incendeia o sentimento.

DUETO - AMOR NAUFRAGADO - João Murty/Fernanda Mesquita

DUETO: João Murty/Fernanda Mesquita

AMOR NAUFRAGADO

Nunca perto, sempre longe, sem domínio e sem cadência
Navego na noite escura, sem estrelas, à luz das velas
Sem rumo nem orientação, sou um náufrago da tua demência
Perdido neste mar de sentimentos, sem portas e sem janelas.

Deste amor navegante que se perdeu no mar e naufragou
Por não encontrar um porto de abrigo, farol ou uma luz acesa
Flutuando há deriva não resistiu a tanto rombo e se afundou
Nos vis baixios do ciúme contra os rochedos da incerteza.

DUETO - SENHORA DO LAGO - João Murty/Fernanda Mesquita

DUETO: João Murty/Fernanda Mesquita

SENHORA DO LAGO

Donde vieste tu senhora do lago, ardente, vibrante audaciosa?
Envolta nos mistérios das brumas, que esconderam tanta beleza
Que ilha de aromas e encantos te conservaram tão airosa
De que reino e de que história são as insígnias da tua nobreza.

DUETO - MENDIGO DA ALMA - João Murty/Fernanda Mesquita

DUETO: João Murty/Fernanda Mesquita

MENDIGO DA ALMA

Velho de olhar triste, pobre e vagabundo
Tens por companheira a miséria dominante
Viajante de alma e mendigo neste mundo
Que em delírio beijas o pó, murmurante.

Onde os dias e as noites passam sem ter pressa
Onde nada é diferente e tudo te parece igual
Até o dormir, no canto escuro de qualquer travessa
No chão de pedra, enganas o frio num leito de jornal.

DUETO-Madalena Cordeiro/João Murty

CHEIRO DE AMOR

42                      Você chegou, me abraçou e o beijo aconteceu.

                            Como esquecer o beijo que você me deu?

                               Não sei se era pra esquecer ou lembrar...

                                        Eu estou sempre lembrando. 

Dueto Madalena Cordeiro/ João Murty

AINDA GOSTO DE VOCÊ

42                         Agora estou carente precisando de alguém...

                       De lembranças só as boas, por favor não leva a mal! 

                                        Um sorriso como aquele...                           

DUETO: Nereide /João Murty - "AGUAS"

DUETO – Nereide /João Murty

ÁGUAS
O canto das águas
Águas mansas dos rios
Ou revolto dos mares
De mares bravios.
Águas mansas de meus olhos
Águas límpidas, águas puras
Matando a sede, lavando as dores
Molhando as flores, benzendo as juras
Na imensidão de um lago azul
Deitarei meu corpo, e minha mente
Qual uma folha sendo levada
Como um graveto, ou uma semente

Nereide
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Rio que corres cantando
Que lavas nas tuas águas
As mágoas do desencanto

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