Um dia voltarás!
Autor: zelia Neves on Tuesday, 29 December 2015Não te vejo por entre os céus...
Mas sinto-te a cada batida do meu coração
Não sinto o teu toque pela noitinha...
Não te vejo por entre os céus...
Mas sinto-te a cada batida do meu coração
Não sinto o teu toque pela noitinha...
Sinto saudade…
De voar na imensidão do meu ser
(Extrato do romance "Os Profanos do Tempo")
Nunca o peso de uma vitória tinha sido tão pesada. Esmagados pela força das circunstâncias, cavalgaram o silêncio, fazendo o regresso sem uma palavra.
Sem a mínima ideia do que tinha acontecido o povo celta apenas sabia que o exército romano tinha perecido pela ira dos deuses. A crença foi ganhando corpo, alimentada por cânticos e odes ao sobrenatural:
De distantíssimos espaços, troa
Um gongo sulfúreo o trovão.
Sobre vales fumegantes o pó voa
Perscrutando em vão o sinal da razão
"" Água que passarinho não bebe
tem gosto de alvorada
e cheiro bom
ah!! mardita companheira
Um tempo que virá
Quem sabe haverá música nas ruas, talvez pessoas dancem
Deverá ser tempo bom, comida farta, florestas vivas
Crianças sorriam, corram, divirtam-se soltas, livres, felizes
Pessoas se respeitem, se ajudem, se amem, se cuidem
Que seja quando a civilização acabar, alguém restará
Recomeçará nova humanidade, um novo mundo, no novo tempo
Haverá esse tempo, ele está por vir, é um tempo que virá
Charles Silva
Complexidade em Tempestade!
Sala de Espera
Ando por ai nas pontes aéreas da vida, em cada aeroporto há certezas, oportunidades e perigos. Salas de espera onde ninguém te dirige a palavra, rostos endoidecidos pela adrenalina necessária para a ocasião. Abre-se um portão, uma fila se forma. Na cara da fila vê-se que no peito há uma angústia, misturada com a certeza de contar com a sorte, de que o seu avião vai pousar. Mas lá, no outro aeroporto, também haverá outra sala de espera.
Charles Silva