Geral
Ao Contrário
Autor: Rodrigo Dias on Thursday, 5 March 2015Aqui é o fim.
Que bom que consegui chegar até aqui;
Um ar puro, que provoca risos no meu pulmão.
Respiro…
Fico extasiado com a beleza!
Observo,
Veja só!
Daqui de cima, até o horizonte é mais seguro.
Que incrível…
Estou pasmo!
Como é lindo!
Acho que não vou suportar…
Minhas pernas se recusam a me obedecer!
Vou desabafar!
Para quê tudo isso?
Eu não preciso de tanto!
Cheguei no meio do caminho.
Venho andando há dias…
Acho que não vale a pena,
Anatomia Poética - Os Rins
Autor: Rodrigo Dias on Thursday, 5 March 2015És intrigante…
Recebes todas as injúrias,
Jogam em ti todas as sujeiras
E tu as suporta com naturalidade
E ainda consegues vazar a pureza!
Que coisa terrível é quando te zangas!
E quando adoeces e já não podes trabalhar, que calamidade!
Se bem que nem sei se trabalhas…
É apenas o teu jeito de ser;
Árduo, valente e tolerante.
Anatomia Poética - O Pulmão
Autor: Rodrigo Dias on Thursday, 5 March 2015Rochedo tremendo!
De tanto ar que te infla e te faz imponente
Tornaste o escudo perfeito para a frágil fonte da vida.
E é o que te faz orgulhoso:
Saber que guardas a vida!
Teu eterno esforço de reter o ar
Que te foge, posto que é etéreo
Fez-te forte. E tanto que te partiste ao meio
Para melhor suportar a responsabilidade;
E grande, visto que és o maioral entre os seus.
Anatomia Poética - O Coração
Autor: Rodrigo Dias on Thursday, 5 March 2015És o princípio, a gênese,
A frágil fonte da vida
Que nasce e jorra de ti a cada segundo.
Frágil sim, tanto que precisas ser bem guardado
Singelo, sensível…
Ah, sim! Sensível!
Tudo te afeta. Só tu amas,
Só tu sofres; só tu sentes.
E quando queres – e tens a mania de querer muito!
Não há força no mundo capaz de impedir-te.
Anatomia Poética - O Cérebro
Autor: Rodrigo Dias on Thursday, 5 March 2015Dono da minha razão,
Caixa forte dos meus tesouros.
Imenso – Pra quê? Só consigo usar um pedacinho…
Diplomata entre o meu querer, o meu poder e o meu precisar.
Tens o privilégio da fantasia;
És misterioso! Ninguém é capaz de conhecer teus segredos
E, por mais que queiras, és incapaz de aprender o mundo inteiro
O que é tua frustração, pois nasceste para saber tudo,
Para controlar tudo
E ser dominado apenas pelas minhas emoções.
SAÚDE
Autor: Ivan de Oliveir... on Thursday, 5 March 2015Meus órgãos protestam em passeata,
Reivindicam alimentação mais saudável,
O que como excita a digestão inflamável
E os intestinos roncam nada diplomatas.
Diariamente mastigo overdose de frituras,
Meu organismo consome muita gordura,
Dieta irregular que me percorre em viaturas
Elevando taxas que não me são miniaturas.
Comer é bom, mas exige apurada educação,
O sangue reclama quando chega ao coração
Tamanho o índice de açúcar que o envolve...
É imprescindível o controle quanto ao sal,
Adaga
Autor: arresiur on Wednesday, 4 March 2015PEREGRINO
Autor: Ivan de Oliveir... on Monday, 2 March 2015Sou um transeunte da vida,
Pululo por estradas de fantasia,
Seduzem-me os adornos das vias
Que me engajam nas áureas lidas,
Pois cada passo é meteoro de ouro.
O compasso da existência é breve,
No espaço da sobrevivência o tempo
Constrói ilusões e soterra vaidades
Mostrando que no cérebro humano
A terra seca sepulta anseios e vontades.
Há um istmo que me liga ao metafísico,
É uma frincha onde o pensar dormita,
Muitas vezes faminto, preso numa cripta
LOS SUEÑOS
Autor: Ivan de Oliveir... on Monday, 2 March 2015Los sueños han zambullido en alto mar,
Ahora van navegar en aguas profundas,
Pero ellos no saben nadar,
Ciertamente se habrán muerto ahogados.
Yo tengo que los salvar
Entonces me voy zambullir también,
Igualmente no sé nadar
Y nos moriremos juntos...
La vida no puede quedarse sin sueños,
El mundo estará huérfano,
Inmenso desierto cubrirá las personas
Y todo será vacío.
El sueño es la esperanza de un nuevo día,
Lo imposible se convierte en realidad,