Geral

A casa da minha infância

Enraizada entre as serras de ar fresco e calmo,
acolhida por uma inspiradora seiva campestre,
canteiro odorante desabrochando um eterno salmo,
aconchegando o morador no dia mais agreste.
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Era a casinha de paredes caiadas e cobertas pelo amor...
De janelas brancas, abrigadas à beira do telhado,
de barra azul,  resistentes,  amparando qualquer dor,
reflectindo pelos vidros...  as rosas de tom rosado.

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Os afectos desfrutavam  uma disposição apalaçada,

Nuvem Fria

Nuvem Fria

 

Veio uma nuvem fria e eu parti com ela

Ventos Nordeste me levaram a um vilarejo

Olhos atentos investigavam a minha chegada

Vi seios brancos numa janela entreaberta

Numa esquina parei, uma porta se abre

Bocas, olhos claros, batons vermelhos me convidam

Beijos molhados, sedentos, sem palavras audíveis

Unhas cravadas, cabelos soltos, roupa rasgada

Sou o desejo do corpo de alguém que me esperava

Salivas misturadas, líquidos, secreções que escorrem ardentes

A BELEZA DA ALMA

 

A BELEZA DA ALMA

 

Desculpe-me as belas,

Mas beleza é raridade,

Por mais que seja simplesmente bela,

Não será pura verdade,

Por que o aspecto da alma nunca é desvendado.

 

A beleza que procuro é incompleta,

Não estou falando de teus olhos

Que ilumina meu destino,

Nem tão pouco do coração

Farra no Telhado

Farra no Telhado

 

Eu sou um gato de telhado, Filho de siamês
Voltei pra reivindicar meu lugar nos becos
Outrora fora terra de ninguém, mas hoje eu sou o rei daqui
Todos ao meu comando, vigiem as portas de saída
Soltem os ratos, apaguem as luzes, Alguém vigie o guarda belo
A festa vai começar

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