Geral

Burocracia

Burocracia

Quero amar uma mulher desnecessariamente
Sem títulos, sem vínculos, sem contratos
Quero um amor sem necessidade, mas com vontade
Vontade de querer, sem títulos
Vontade de ficar, sem vínculos
Vontade de amar, sem contratos
Porque a emoção não reconhece a burocracia

Charles Silva

Escutarei eu a diferença?

Escutarei eu a diferença?
Serei eu, por razão, digno
De distinguir o que de mão
Me dão ao ouvido? Ele que oiça!

Fraquejo-me de tímpano,
Mais, porque ainda, de sabedoria...
Todo céu me seduz e nado euforia;
Todo chão conduz alegria e dano!

Não quero presentes, irmandades,
Vectores para a vida: cornetas,
Em minhas orelhas, vestidas de setas.
A mim, pelos natais, desejem-me curiosidades;

Byte

Byte

 

B_ uscaram o domínio, homens

Y_ máquinas daqui até a eternidade,

T_ alvez as máquinas não sobrevivam tanto, porque as

E_ moções humanas não cabem num Chip

 

Charles Silva

Esta vida é um borrão! Um borrão!

Um abraço russo apertado colossal
A respirar o gelo dos que em sonhos e sorrisos estão cansados,
Onde os campos selvagens crescem,
Donde vieram as águas do inverno
Para que em minha goela
Pudesse molhar a sede e cantar os pássaros tristes.

Ensina-me a escrever teus cantos de surpresas
A morder seus prazeres e servir o toque
Que neste queixo amo deitar doce na cama verde.

Hóspede dos santos morros que em tua nuca coça
Desce ao pescoço teus dedos
Àquelas mentiras de tons terrosos.

Liberdade Emocional

Liberdade Emocional

 

O medo acabou de ser assassinado

Lá vai um coração fugindo pela estrada

O carinho foi o primeiro a correr

Vi a ilusão se escondendo numa esquina

Ali vai uma paixão caindo aos pedaços

Danou-se um amor, despencou ladeira abaixo

É alguém se livrando das prisões emocionais

 

Charles Silva

Ir de queda em queda...

Estou... Sentado... Um quanto embalado
Por uma sonoridade clássica romântica...
Estou... Quase deitado... E quase afogado
Neste quadro embelezado de poética
Sinfónica límpida... Relaxante,
Como que tocada pelas melhores orquestras.
De uma transparência de som envolvente...
Em eloquente figurativo às ditaduras!
Deixando ofegantes, como gás que se inala;
Até o globo se regala;
A pupila estala; No sangue coágulos;
Sons gigantes; Sons gritantes malévolos; e...
Tudo - até mesmo o que não é - se cala...

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