Planeta Azul
Autor: CharlesSilva on Wednesday, 27 November 2013Planeta Azul
Planeta Azul
COLÍRIO PARA OS OUVIDOS
Olhando para a música
Sentindo o seu perfume
Sendo sua melodia
Analisando seus altos e baixos
Provando suas notas e ruídos
Imaginando sua silhueta
Apaixonando-se novamente
Emocionando-se mais uma vez
Com os tons de luzes sonoras
Que adentram calmamente
Meus ouvidos agradecidos
E gravemente entorpecidos
Foste tecido vistoso,
vestiste-te e deixaste-te vestir,
moldaste-te a vários corpos,
nos tempos áureos do teu existir...
Veio os anos,
veio as modas,
e tu foste-te adaptando,
à necessidade por vezes nem sempre tua,
mas daqueles que te foram usando...
A tua textura mudou,
o tempo esse não perdoa,
a mão que outrora te afagou,
é a mesma que hoje te magoa...
Tão injusta é a vida,
tudo se rege pela vaidade,
ninguém se compadece do que é velho,
parece que tudo tem validade...
Aquelas pessoas que se negam, que se renegam e são bloqueadas
Quem haveria de dizer daquelas pessoas que se evitam
São pessoas que se desconhecem e não falam bem
Uma tenta humilhar, a outra é impassível, neutra
Quem poderá dizer que aquelas pessoas se amavam
Questionemos o amor, ele é quem poderá dizer
Manual da Perfeição
Este manual tem seis milhões e setecentas mil páginas, você precisará de seis mil anos para ler o manual. Como você não tem esse tempo todo a frente. Relaxa, ninguém vai conseguir. A perfeição está no imperfeito, ou, o imperfeito está na perfeição.
Charles Silva
Ouvindo estrelas
Para quem o seu povo reza? - Perguntou-me um índio jovem
Bem, existem centenas de culturas religiosas, deuses e seitas diferentes.
São tantas que fica difícil de acreditar em uma. - Respondi
E seu povo, para quem rezam? - Perguntei
Nós rezamos para a mãe natureza e para os povos das estrelas.
Sabemos que o nosso sol e nosso planeta um dia vão morrer. E isso é da natureza dos seres do espaço.
Hoje eu quero pisar no céu
quero arrancar esse véu
quero te revelar pro mundo
quero ir bem
bem fundo
Preciso saciar esta sede
eu quero é deitar nessa rede
tenho que acalmar esta raiva
pra depois amaldiçoar
essa calma
Por isso eu vou enganar a mentira
vou enquadrar o infinito
vou apagar as estrelas
e vou criticar
o bonito
Pra quando o gelo virar água
e quando o tudo virar nada
eu esteja por perto, bem longe