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"Meu novo livro (MOSAICO-poesias), à venda na Amazon"

 

* Olá amigos(as) leitores de minhas postagens no PoesiaFanClube, e demais...

 

Venho pedir-lhes que conheçam meu último livro de poesias (MOSAICO-Poesias; Travassos Editora-RJ / Brasil), que está disponível na AMAZON, com as seguintes especificações:

 

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- No. de pgs. : 88

- CUSTO: R$ 30,90

- AUTOR: Fernando Antônio Fonseca (Belo Horizonte/MG-Brasil)

FAGULHA

 

 

 

ter a ideia de um verso

é como um lúmen na sombra

que quer sua metade vedar

aquela metade bem-vinda

que teima em confrontar-se

aos comportamentos cômodos

da inércia e alienação

 

(quando tudo pede um raciocínio

ou uma predestinação...)

 

ter a ideia de um verso

é mais que simples desvario

intelectual

é resina que nutre de cor

o fôlego avassalador

de um poeta asfixiado

em comoção

 

 

 

 

Apeirokalia

O breu da alma cega a retina em prece
A falta do poderoso divino nos escure
Cegueira moral e fulcral no mundo
Os açoites da morte cada vez profundo
Chicoteando a carne demasiada humana
Escravidão natural da beleza profana
O feio é exuberado como licor
Ressentimento e facas: nosso fulgor
Preso na lâmina a mentira inóspita  
Brilhando sangue no reflexo, luxuosa
Derrama ignorância na sórdida ingratidão
Humanidade enterrada em podridão
Outrora um dia no prado ganhou
Esculturou o mármore e sonhou

O Ferreiro

Na força do ferro
A batida do martelo
Criando resistência
Na tenaz obediência
O ferreiro ranzinza
Assopra o pó cinza
De luto por felícia
Pela vida sevícia.

No perigo diário
Sofre tudo calado
Na barba anciã
Carrega a vida vã
Aposentado só
Morreu sem dó
Escondeu amor
Na forja em dor

 

 

Vacuidade

É a vacuidade somente,
só há ela e imperfeição.
Imagine a existência,
após, veja o grande vazio.

Observe a potência chegando,
A forma querendo ser viva;
feito a assombração do breu
rugindo ódio no homem daqui.

A vida jaz; medite agora!
Apenas aceite como é;
o nada natural do todo:
— Da calma para todo o seu fim.

 

Lacrimosa

Rochas em seus pedaços arregaçados,
justaposto aos resíduos dos mares,
com sangue e tragédia, a azáfama
do apocalipse maldizente.
Nem rançosos Panzer’s são tão funestos
quanto os alicerces da história humana.
Decadência, virtude, vida, morte: nada
O nada agora importa, o nada se tornou
tudo, como era eu e você.
Insatisfação por milênios, nós carregamos
como Dybbuk sobrepondo nossos fardos;
A vontade, desgraçada vontade,
amaldiçoou o homem, em sã consciência
Como Zeus com Atlas segurando o céus.

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