Geral

O tempo espera

O tempo espera

 

Naquele momento, no cenário da indelicadeza, guardo meus instintos mais agressivos, contenho-os, mas sei que eles virão, silenciosamente e extremamente eficazes. Não dirão palavra, não farão cenas inusitadas, mas sei que farão coisa pior. Nem mesmo o tempo perde por esperar.

 

Charles Silva

 

Qual é a sua?

Qual é a sua

Não te entendo muito bem

Um dia tu me amas no outro me odeias

Um dia sorri e no outro não estas nem aí para mim

Um dia amores no outro, horrores.

 

Não entendo minha querida por que eu me apaixonei

Talvez tenha sido teu jeitinho de burguesa que me atraiu

Preferia, porém, não tê-la conhecido,

Pois perto de você fico eu desguarnecido.

 

Queria saber o que passa em tua mente

Às vezes pequenas parolas terminam em grandes verberações

E mais de uma semana ficas sem falar comigo.

Que pergunta!

Que pergunta!

 

Uma pessoa me aborda na rua e me diz:

“Tenho lido seus textos na internet, quantos textos você já escreveu?”

Mais de mil. – Respondo eu.

“Você é escritor profissional?”

Não. – Respondo eu.

“Então porque você escreve tanto?” - Pergunta a pessoa.

Respondo: PENSO, LOGO, ESCREVO.

 

Charles Silva

O escritor e a emoção

O escritor e a emoção

 

Inventei de escrever um livro, um romance, mas, criando os personagens e o desenrolar da história, chorei tanto que parei no primeiro capítulo. É muita emoção para quem escreve, pois o escritor vivencia toda a história e sofre as dores e alegrias de todos os personagens juntos. Cada personagem torna-se na verdade uma parte íntima de quem o descreve, e o escritor sente todas as suas dores, angústias, frustrações e alegrias. Escrever é muito mais que emocionante. Como disse João Cabral: “Escrever é estar no extremo de si mesmo.”

 

Conversas íntimas

Conversas íntimas

 

Toca o telefone a meia noite e uma voz diz: - “Estou com saudade.” – Gosto do nome e imediatamente lembro do seu cheiro doce. Somos pessoas que falamos muito poucas palavras, nossas poucas frases sempre são truncadas, porém, somos pessoas que não precisam de muitas palavras. Cabelos, mãos, pés, pernas, braços, lábios, nariz, dedos, olhos, alma e respiração. Quando estamos juntos, tudo em nós têm longas conversas íntimas.

 

Charles Silva

Quisera eu...

 

Quisera eu,
ter esse poder,
de desligar-me e ligar-me,
a meu belo prazer...
mas sou demasiado humana,
demasiado mulher,
não consigo ignorar o mundo,
e o que ele me dá a ver...

Quisera eu,
por vezes não sentir,
só para não sofrer em vão,
mas o meu coração não cabe no peito,
tenho que o trazer na mão...
e aqui anda ele,
exposto como numa vitrina,
todos olham mas não vêem,
onde ele começa e onde termina...

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