Geral
Pai! Os velhos trigos que vivi
Autor: Adriano Alcantra on Wednesday, 5 June 2013O mundo cantou a música da vida
Nós dançamos feito sapos contra insetos de chuva,
Só escorreu tinta avessa de pulmões intermitentes
Nas sacadas dos velhos telhados envelhecidos.
Olharam com cuidado
E o que pareceu-nos foi refresco
De brisa triste fincada às persianas de domingo.
Longe dos novilhos
Dos pastos
Do doce dos sucos.
Fugiram todos mais todos mesmo
Assim, quem foi parido resmungou um palavrão
Em forma de ódio
Daqueles que cheiram a última vaca parida.
Era muito amor?
Autor: CharlesSilva on Wednesday, 5 June 2013Era muito amor?
Mas era tanto amor dito, prometido, discursivo, explanado. Era tanto amor pra pouca cama. Era tanto amor pra tão pouca fidelidade. Era tanto amor pra pouca crença. Era tanto amor pra pouca lealdade. Era tanto amor pra poucas verdades. Era tanto amor pra outros encontros. Era tanto amor pra em poucos dias mudar de dono. Era muito amor?
Charles Silva
A face do lobo
Autor: CharlesSilva on Wednesday, 5 June 2013A face do lobo
Flores digitais e rosas musicais não servem ao propósito, nem das rosas, nem das flores. Ataques frontais são mais originais e concernentes aos lobos. Máscaras caem quando afrouxam pelo uso freqüente. Vê-se então a própria face sombria dos lobos, sem máscaras, porque máscaras servem ao seu propósito, mascarar a face do lobo.
Charles Silva
Experimentando Deus
Autor: Rhodys de Rodri... on Tuesday, 4 June 2013Da janela do metrô
Autor: Jonas Batista Neto on Monday, 3 June 2013Da janela
Prédios e trilhos
Buscam sentido
Absorver o sol
Ou a frieza do asfalto.
Passando
De metro
Os olhos
Cabeças baixas
Sonolência
Ouvidos atentos
Violência.
Estações
Da nossa história e de vagões
Nem só de felicidade se brinda
Mas também por ter vida.
Navegar é preciso
Autor: CharlesSilva on Monday, 3 June 2013Navegar é preciso dizia o poeta luzitano, concordo, pois meu barco quer zarpar
Ao navegar é preciso seguir as correntes, muita atenção a direção dos ventos
Como navegante atrevido que sou, recolho minhas âncoras e deixo o cáis
Tempestades sei que viram, recolho as velas, aciono motores, sigo a bússola
Quantos mares singrarei em busca de mim, atravesso oceanos intermináveis
Golfinhos a direita, baleias no horizonte, cardumes seguem minha rota
Uma vez em alto mar, todo cuidado, pois, navegar é preciso, dizia o poeta luzitano.
Charles Silva
CRÔNICA DA MORTE POR NADA
Autor: CharlesSilva on Monday, 3 June 2013SÉRIE: “ CRÔNICAS LITERÁRIAS ” – P/Charles Silva
Crônica: 2 de 54
Título: “ CRÔNICA DA MORTE POR NADA. “
Paixão literal
Autor: CharlesSilva on Monday, 3 June 2013Paixão literal
Amante das palavras e da linguística
Sou amigo dos verbos, namoro as vogais
Adoro a perfeição das consoantes
Deliro com as conjunções e locuções verbais
Advérbios são minha companhia predileta
Pretéritos, gosto de abusar deles diariamente
Vou do perfeito ao imperfeito, escolhendo sujeitos
Substantivos me são atraentes, mas prefiro objetos
Diretos e indiretos, também convivo com adjetivos
Amo a língua portuguesa, e ela sabe disso
Charles Silva
Coisa que não se procura
Autor: CharlesSilva on Monday, 3 June 2013Coisa que não se procura