Geral

Rua Arapiraca

A acarinhar alguma parte de minha memória
meu modesto e o que parecia ser meu eterno canto
que conhecia as solas de meus sapatos, a rua de meu encanto
desfigurada toda esta mocidade, hoje tristeza compulsória

Peço a Deus a humildade como o rei Salomão
mas confesso não apenas as cinzas e as criaturas vivas
como Josias eu era o rei jovem de obras inventivas
todas as crianças faziam parte da corte sem solidão

Minha rua era a arena da nossa perpétua união
as horas eram intermináveis de animação
Já fomos heróis , do beco do batman

QUADRO

Vem girando em uma aguarela aínda líquida de vapor fino, Arte estonteante entre meus dois olhos Eu lírico dos tambores sem percussão versos sem sons cão que ladra na esquina abana o rabo e depois te morde com fome de verbos e Letras que me prende em presas caninas, assim se pintou o quadro geral..

Corvos (Wrony)

Como um corvo, sou solitária,
sempre nas frestas da rua.
Sou livre, mas trancada na cela
Maternal...

Quero ser amada como uma pétala,
onde o aroma agrada sua jardineira.
Quero voar feito um corvo nas paisagens,
das nuvens...

Os meus amigos imaginários validam
a falta de afago que vossa pessoa não deu;
desde do monstro mar ao poliglota
gentil...

Impostor de sentimentos genuínos

Impostor de sentimentos genuínos,
após anos de funesta lamúria,
acordo do sono adentro no ímpio.
A mentira que contei para outrem
balsama-me o coração sujo de graxa,
sua negritude é a metáfora da inação:
escura, sem vida e com odorosa ilusão.
Eis a suma de minhas palavras soltas.
Provérbios, frases e poemas falsos,
tudo em nome de impostura; medo
talvez em querer se deleitar no colo
de quem queria me proteger com seu
afago carinho, mas que para mim era
apenas educação ou dor de consciência.

A vida consciente sonhar

Meus sonhos são miopias
às vezes verdade
às vezes mentira
o consciente e a realidade
da vida
ainda são melhores
pois os sonhos
nem sempre trazem felicidade.

Meus sonhos, são meus
nem Morfeu veio, ou socorreu
do consciente a irrealidade
da vida, ao seu mundo me envolveu,
qual Peter Pan em seu mundo
por querer, sempre ser criança
para a vida adulta nunca cresceu

O mal

Outro dia, de forma sutil, ele veio me sondar.
e como sempre não se cansa de insistir.
Autor principal de obras não reluzentes
escreve cada ato conforme se esmera
a não perspicácia de cada ator em atuar.
Neste espetáculo que ele julga ser fantástico
onde muitos desejam participar,
observo que existe falácia entre os humanos
querendo todo tipo obra sucatear:
vi de joelhos a juventude pedindo pão
observo muitos a riqueza de Salomão
de todas as formas acumular .
Ele me convidou inúmeras vezes a este evento

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