Sestança
Autor: António Nobre on Thursday, 10 January 2013 Ia em meio da minha Mocidade,
Perdido d'affeições, ao vento agreste,
Quando na Vida tu me appareceste,
Sestança, minha Irmã da Caridade!
Ninguem de mim dó teve, nem piedade,
Ninguem n'a tinha, só tu a tiveste:
Quantas velas á Virgem accendeste!
Quantas rezas nos templos da cidade!
Que te fiz eu, Espelho das Mulheres!
Para assim merecer um tal cuidado
E tudo quanto ainda me fizeres?