*Ao Canto do Lume*
Autor: António Nobre on Thursday, 20 December 2012Novembro. Só! Meu Deus, que insupportavel mundo!
Ninguem, viv'alma... O que farão os mais?
Senhor! a Vida não é um rapido segundo:
Que longas horas estas horas! Que profundo
Spleen o d'estas noites immortaes!
Faz tanto frio. (Só de a ver me gela, a cama...)
Que frio! Olá, Joseph! bota mais carvão!
E quando todo se extinguir na aurea chamma,
Eu botarei (para que serve? já não ama...)
As cinzas brancas, meu vermelho coração!