AS VELHITAS
Autor: Guilherme de Azevedo on Tuesday, 27 November 2012Eu não professo muito o culto das ruinas.
Prefiro uma officina ás velhas barbacãs;
Das velhinhas, porém, mirradas, pequeninas,
No entanto nunca insulto as prateadas cãns.
Deixal-as caminhar, curvadas, vagarosas,
Com seu bento rozario, os seus fofos beitões,
A rirem-se de nós, crueis, maliciosas,
Sagazes comentando as nossas illusões!
Ah, velhitas sem côr! cabeças regeladas,
Vulcões de que só resta a cinza e nada mais:
Já fostes as visões; talvez as brancas fadas;
Prendestes vossos pés nos humidos rosaes;