MOCIDADE E MORTE.
Autor: Alexandre Herculano on Wednesday, 28 November 2012Solevantado o corpo, os olhos fitos,
	As magras mãos cruzadas sobre o peito,
	Vêde-o, tão moço, velador de angustias,
	Pela alta noite em solitario leito.
	Por essas faces pallidas, cavadas,
	Olhae, em fio as lagrymas deslisam;
	E com o pulso, que apressado bate,
	Do coração os éstos harmonisam.
	É que nas veias lhe circula a febre;
	É que a fronte lhe alaga o suor frio;
	É que lá dentro á dor, que o vai roendo,
	Responde horrivel íntimo ciclo.