Geral
A noite final
Autor: Joaquim Direitinho on Wednesday, 11 September 2019Penso na noite final
Ela parecia saída de uma fantasia cintilante
Montando um cavalo branco sem freios
Na minha direção um sorriso aberto
O PÁSSARO LIVRE
Autor: Joaquim Direitinho on Thursday, 5 September 2019
Violinos lacrimejam uma melodia alegre que sai das suas profundezas.
Cordas habilmente rasgadas por dedos ágeis, retalham o vazio.
O pássaro livre, na sua gaiola fechada, escuta sem entender aqueles sons feitos por pessoas estranhas.
Que antes só ouvia na meia-luz lamentar.
Continuando o seu afortunado saltar de baloiço em baloiço, na sua gaiola de um único vaivém.
O meu espírito
Autor: Joaquim Direitinho on Tuesday, 3 September 2019O meu espírito
Sinto-me tão arrasado
Deliciava-me um adormecer maçador
Onde o meu espírito se solidificasse
E escapasse da sujeição
Em que o meu cérebro o estipulou
Transfigurado da sua essência
Onde a claridade parou o seu girar em seu contorno
RAIO DE SOL RADIOSO
Autor: Joaquim Direitinho on Tuesday, 3 September 2019velho moinho
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Velho moinho
Obra rústica de charme aconchegante
Engenho de sonhos,
Movidos a ventos
Entre as mós, eles vão girando
Transformando em suco
Os meus sentimentos
Velho moinho de versos
Hirto na aurora dos tempos
Sem alma, sem voz
Sem nada por dentro
O velho moinho
Que já foi feliz, está agora abandonado…
Fica a memória da dureza do grão
por tantos de nós superado
Junto aos grãos os condimentos
Raiva, amor, desencanto…
Perdidos no cenário campestre
Sombras
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Sombras
Meus olhos se encheram de emoção
Diante das águas tranquilas do rio
Um sorriso iluminado acompanhou o meu olhar
Por entre os orvalhos da saudade
Tu estavas lá, olhando o rio
Com teu ar sereno e misterioso
Rodopiavas em pensamentos ao som do barulho do vento
É quase outono, o sol já se esconde envergonhado
Por entre as folhagens das árvores que teimam em cair
Como um pescador de sonhos
Alimentas a alma nos reflexos das águas do rio
Meu coração é uma folha solta no ar
Setembro
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Setembro
Há um prenúncio de chuva
No perfume que a nuvem comprime
As folhas subtis das árvores
afagam suavemente o solo
pintando de cor a calçada
O vento do Norte
Mima com beijos suaves
As folhas que perderam a cor garrida
Num delírio enfraquecido do verão.
Ergue-se setembro
As estradas dos meus sonhos
Reabrem-se dentro de mim
O vento traz o fresco às madrugadas
A brisa baila por entre os campos
E eu sentada no banco do jardim
Doce quimera
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Doce quimera
Nesta vida efémera
Onde o vento silencia
E a lua prateada se transforma
A ilusão e a fé, dão sentido à minha vida
Doce quimera…
Por de trás de um sorriso, anunciaste a tua partida
Mas em que instante te deixei de ver?
Em que momento te reencontrei?
Não, não estás sobre a água
Não, não estás por entre as chamas
É o vento, o mar e o fogo que te sustentam
E se te quero ver, tenho que fugir das estrelas
Este aperto silencioso, é difícil de entender
Os poetas
Autor: zelia Neves on Wednesday, 28 August 2019Os poetas
Às vezes se apaixonam por musas
Silenciam, argumentam, discutem
Com a folha de papel e a caneta
No final do dia quando anoitece
Procuram a paz
E quando se encontram a sós com a alma
A poesia acontece!
Tiram dentro do peito a Emoção
Aspirando o aroma da poesia
Os versos que escrevem
Vêm de dentro do coração
As almas dos poetas
Não as entende ninguém
Escrever, é a sua terapia
Conjugam o verbo amar
Em perfeita harmonia