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A geometria linguística

A geometria linguística

 

Bom, se você curte matemática e nunca ouviu falar sobre isso, eu diria que é o modosoperande de como a matemática é usada pela linguística.

Dentre as formas dessa utilização, estão os formatos de expressão experimentais, ou, quadras poéticas, alguns modelos estão descritos abaixo.

1 - Quadras Poéticas. - 1° termo

Os Múltiplos e o Zero

Os Múltiplos e o Zero

 

O número 2 disse que gostaria de brincar, mas o número 3 respondeu que não, pois o número 4 estava a discutir com o número 1, e dizendo que o número 5 queria se sobrepor ao número 6. O número 7 interveio quando o número 8 quis tomar a dianteira dessa discussão. Foi aí então que o número 9 disse: por mim vocês não passam, se passarem, todos vocês vão virar múltiplos. Esqueceram de mim? Perguntou o número 0.

A última mensagem - (Os dois lados da notícia)

 

A última mensagem - (Os dois lados da notícia)

 

Ele era o último de sua espécie que ainda estava vivo aqui, mas sofreu um verdadeiro atentado contra sua vida, foi empurrado e caiu, sem ter sido voluntariamente, de uma altura de vários metros. Chegou a ser socorrido por uma equipe de resgate, lutou por sua vida desesperadamente, mas por fim, não resistiu e faleceu durante a operação de resgate.

Olhar o Céu...

Hoje, vi um bando de Andorinhas,

voei com elas,

voei rápido,

voei longe,

voei alto

hoje, eu fiz parte delas.. !

Por um momento

senti-me eu,

senti-me com asas,

por uma fracção de segundo

escapei por um tris...

Hoje, senti-me pessoa,

outra vez,

Hoje, olhei de cima a Primavera

e senti-me Feliz... !

 

P.RestLessMindx (2017)

Voam as andorinhas

Voam as andorinhas…

 

O vento frio cavalga as ondas do mar

Voam chilreando as andorinhas

Conjugando em harmonia o verbo amar

Em breve o céu escurecerá

O Verão parte levando o sol e as flores

E o Outono e a chuva surgirá

Partem as andorinhas

Formando construções de amor

Voam baixo, descem ao azul do mar

Levam o sol e a semente da flor

As cigarras deixaram de cantar

O sol dá lugar ao arco-íris

É setembro a desabrochar

Junta-te ao bando, andorinha

Retrato

Retrato

 

Não sei em que espelho

Ficou perdida a minha face

Os anos passaram a correr

E já sinto minhas mãos a tremer

Meus olhos estão vazios

O brilho que outrora tinham

Foi perdido numa dobra do tempo

Sinto saudade do desabrochar da vida

Do céu em que era sempre primavera

Das estrelas que cintilavam

Perdidas nas ondas do mar

Da lua majestosa em noites de luar

Meu anjo que já se foi

Repousa agora no firmamento

Entre águas frias e serenas

Envelhecer

Envelhecer…

 

As rugas surgiram sem darmos conta

Dia após dia pelos caminhos da vida

Os cabelos negros agora grisalhos

São a marca de uma vida repleta

De canseiras e trabalhos

Nosso rosto teima esconder-se

Envelhecemos. Dura realidade!

O tempo não pára, ele voa…

É náufrago duma saudade

Ai como voa o tempo!

Nossos filhos, estão tão distantes

Nossa vida se escoa

Céu da liberdade

Céu da liberdade

 

Ó céu da liberdade,

Se tu e a terra se encontrarem

E se o sol e a lua se abraçarem

O mundo ficará livre de dor

E no universo reinará o amor

Haverá festa no mar

E nos jardins flores de encantar

Os pássaros voarão livres

E entoarão hinos com o seu chilrear

Ó Céu da liberdade

Leva a chuva e traz o vento

Para as nuvens afastar

Cobre o solo de esperança

E escutareis cantar as ninfas do mar

Abre-se a terra em sons e cores

A boneca

A boneca

 

Que linda foi a surpresa

Naquela noite de Natal

O pinheiro iluminado

Com estrelinhas e bolinhas

E o presente habitual

Estava ela na caixinha

Escondidinha entre laços

E papel sacramental

Abria e fechava os olhinhos

Bebia leitinho e fazia xixi

Esta boneca era fenomenal

Foi meu último brinquedo

Que eu trouxe para Portugal

Em meus braços a protegi

Para ninguém a levar

Cansadinha que estava

Adormeci e não a vi ao acordar

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