Cartão de Crédito
O que me separa dela vai além da distância entre dois aeroportos. A emoção não compra passagens, mas no entanto, nos aeroportos aceita-se cartão de Crédito.
Charles Silva
Dialeto caipira
Tá falando de quem? Deu?
Oxi, sô poeta arretado, embrenho uma rima na hora, no laço
Serpenteio igual cobra pelo chão, mas sô mesmo é poeta inrrolão
Poesia é que nem muié bunita, quanto tu xêra, o coração véi parpita.
Charles Silva
Dança, dança comigo
dança até ao fim dos tempos
finge que me segues,
que vens comigo
prometo-te que nada mais serei
senão o que sempre fui...o teu amigo
Sei que sentes como eu te amo,
como eu te adoro...
não existe nenhuma outra razão
senão essa quando agarras a minha mão
Vem comigo,
vem, vamos começar de novo...
Fica próximo de mim,
Eu não sei se algum dia
saberei estar perto de nós
num abraço sem fim
Dança, dança comigo
pode ser que numa fracção de segundo
O laço se soltou
Soltaran-se as amarras
Sem o canto das cigarras
O verão se foi e, o inverno voltou
****
A lua não tem luz
Triste sem claridade
Mostra-se sem vaidade
Reflexiva me conduz
****
Por caminhos estranhos
Um beijo cálido,mas frio
Caminho passo sombrio
Bebendo em cálice de estanho
****
Beberagem de fel
Bobagem que foi dita
Amor que ainda acredita
Doce beijo,favos de mel
A PAZ DE DEUS!
JOSÉ SAIU DO POÇO!
DANIEL SAIU DA COVA!
JONAS SAIU DO VENTRE DO PEIXE!
LÁZARO SAIU DA SEPULTURA!
JESUS RESSUSCITOU,
VENCEU A MORTE.
ENTENDEU?
NENHUM ESCOLHIDO,
QUE ENTROU NA PROVA,
MORREU DENTRO DELA.
ENTÃO, LEVANTA AGORA!
EM NOME DE JESUS!
E MARCHE!
PORQUE O MESMO
SENHOR QUE FOI,
COM ESSES SERVOS...
É CONTIGO!
Madalena Cordeiro
FERNANDO PESSOA
Pessoa, já diz tudo.
É uma pessoa inesquessível,
que em nossos textos será lembrado
com muito carinho.
Fernando Pessoa é um poeta que nasceu em Lisboa.
O que sabemos é que, sem dúvidas...
É uma belissíma pessoa!
Eu trilho só alguns dos seus passos,
pois os passos de Fernando Pessoa são muitos
e talvez, não conseguiria acompanhá-los.
Mas, as instruções, a sabedoria com que
trilhamos por ele, já é gratificante.
Madalena Cordeiro
Quando chegar a hora em que o amor não é suficiente,
Seja dia ou noite, algo que se arrastou, ou só de repente.
Quando chegar a altura em que o que passamos já passou,
Nesse momento de ruptura de uma história que acabou.
Me diga o que gosto
Invente as palavras
Não deixe que o tempo leve
Misture os temperos
Tudo é tão breve
Fale baixinho
As paredes tem ouvido
Tudo é segredo
Junte num balaio
Revire bem
Abra a tampa
Jogue as palavras ao vento
Nereide
Entre o céu e o mar
Dentro do navio
Que ninguém viu
O azul cor de anil
Um estopim,um pavio
Asceso correu o ar
Foi para o espaço
O que se esperava e previu
Sumiu!!!!
Nereide
Saberás tu a tenacidade da lembrança
Enraizada no deslizar da rotina,
O lugar que na alma alcança
Numa presença que domina...
Sentirás tu a inquietude do querer
Degustar a incerteza da descoberta,
Sentirás tu a volatilidade do carecer
O que na razão a emoção desperta...
Ambicionarás tu mais do que somente um abrigo
Para uma vivência por vezes trilhada...
Ambicionarás tu embarcar comigo
Numa viagem outrora naufragada.
Saberei eu decifrar a tua mente