Pouco a Pouco
Autor: Duarte Almeida Jorge on Wednesday, 26 September 2018Tanta vez que foi pouco,
Pouca vez que foi tanto.
Entretanto vivo louco,
Pouco a pouco, por enquanto.
Tanta vez que foi pouco,
Pouca vez que foi tanto.
Entretanto vivo louco,
Pouco a pouco, por enquanto.
NÃO É O EMPLASTRO
Eu vi, …
Uma semente lançada,
De uma mão fechada,
E atirada ao vento…
Eu vi, …
Um pó dourado
De esperança carregado,
Cair na terra mãe.
Eu vi,
Uma semente enterrada,
Só e abandonada,
Apodrecer e desabrochar.
Eu vi,
sai dessa toca
toada reprimida
que te oprime e sufoca
essa vontade atrevida
tão sã e tão louca
esquece essa norma
que te apouca
rompe essa forma
que te molda a vida
e arrisca sem receio
a virtude conseguida
não está no meio
e sim na saída
rebenta esse freio
essa relutância ferida
de morder o arreio
e te doer a mordida
se a miséria se acentua
desconfia da esmola
aquele que promete a lua
pode ser quem te esfola
De alma violentada
o coração crepita em desalento.
o sangue bombeado torna
o que foi verde em tormento.