Suspensório Rosa
Autor: Coletivo on Wednesday, 19 June 2013
Cai a cortina do silêncio
Sobre a solidão do mundo.
O cenário da morte
O palco da desgraça
Que jazia silencioso
Atrás de um muro cinzento
Onde a vergonha se esconde
E o medo se instala
No túmulo da ignorância
E do obscurantismo.
É o abrir das portas
Correr as cortinas do silêncio
Libertar o barulho do medo
Da inquietação
Da revolta
Soem sirenes inquietas
Acordem o silêncio do mundo
Que dorme no muro da indiferença
Sobre os escombros da incerteza
E da inquietação.
Soem trombetas de alerta
Alertem consciências moribundas
Dos poderes da ganância
Que nos devoram
Nos sugam a razão.
Abril…
Libertador das amarras da censura
Grito de raiva e de revolta!
Rostos sorridentes
Livres
Porém...
Lenta e difícil democracia
Que tarda a chegar ao povo inteiro
Liberdade!
Existe com certeza.
Mas falta confiança no futuro
Num País à deriva de si próprio.
Mário Margaride"GIL60"
No limiar de mim mesma hesito...
Quero me emoldurar na parede
E ficar inerte...
Oval ou quadrada?
Escolho a moldura adequada...
Inútil..
( Observação: os dois versos, em negrito, foram suprimidos na primeira postagem. Acrescento-os, pois, aqui, agora.)
"Um Inseto no Avião"
Tem uma esperança dentro do avião
disse uma mulher desesperada!
A mulher falava de uma esperança.
Um bichinho verde e inofensivo.
Que voa de um lado para outro
Mas que não prejudica em nada
O mundo inteiro se envolve em única esperança
Uns de uma maneira e outros de outra
Mas com o mesmo fundamento:
De um dia alcançar a paz....
A mãe tem esperança,que o filho deixe as drogas
A moça de seu príncipe encontrar
Enquanto aqui fora há inúmeras esperança!
Que são poetas, todos uns poetas!
Palavras aventadas como barro a parede,que soa a insulto!
Que associação existe entre o escritor e o indigente?
Entre o racional comtemplativo com um elemento a abater?
De que numa sociedade em crise surgem os juizos,a insana busca de um bode a pagar!
Assim se procura o culpado!
Porque não procuramos nós o herói ?