Já é um Paraíso?
Autor: WILSON CORDEIRO... on Tuesday, 31 March 2020
SE A VIDA É UM PARAISO,
CADÊ O RISO NÃO INFECTADO
DE HORROR , TRISTEZA.
É QUE A ESFERA QUE NOS ABRIGA
SE A VIDA É UM PARAISO,
CADÊ O RISO NÃO INFECTADO
DE HORROR , TRISTEZA.
É QUE A ESFERA QUE NOS ABRIGA
Eu sou como a teia de aranha
No lustre desta morada
Estática, incolor.
Faço dos meus dias solidão
Fico em constante marasmo
Não procuro os muitos bares movimentados
Existentes neste bairro
Reservo-me no mais simples e próximo
Sou um boêmio anônimo
Meu convívio é um vicio
De sempre servir camaleões nesta terra
Minha raça de amigos é clandestina neste plano
Meu cotidiano é um sorriso amarelo
Casa-trabalho
Hoje o invencivel tornou-se último colocado,
Hoje postura de combatente condecorado,
Juntou -se ao seu pais vencido .
estou nos antípodas duma vida desregrada donde catapulto mensagens que faço saltaricar sobre os charcos do meu caminho repartindo o pranto pelos desejos acerados que fortalecem a minha poesia.
há palestras erigidas sobre os sustentáculos das minhas ambições quando a flama da ingenuidade se esgueira do desapreço da multidão e a lucidez injeta na poesia os meus fulgurantes destemperos.
o choro sobre uma mesa desconjuntada posta no meu quarto como um nenúfar bizarro; a cissura que me aluiu o juízo e que eu ultrapassei através da minha determinação; a malevolência que me injuriou fazendo nascer em mim uma serpente abominável.
os meus vocábulos expõem o cadastro daqueles que investigam os sentimentos exaltando as preleções oriundas da solidão e introduzindo na liberdade uma resistência genuína que aviva a poesia.