os ramais da temperança
Autor: António Tê Santos on Tuesday, 28 May 2019a víbora introduzida nos meus devaneios requer que a sapiência suprima o seu ondular pelas fráguas que oprimem os meus pensamentos cadenciando a toada da minha existência.
a víbora introduzida nos meus devaneios requer que a sapiência suprima o seu ondular pelas fráguas que oprimem os meus pensamentos cadenciando a toada da minha existência.
quanta amargura há numa vida enrolada em afeições que rodopiam entre os tapumes da agressividade! quantas reminiscências são eliminadas da caverna da alma para que ela possa divulgar as suas contusões!
os vocábulos fluidos que nos convêm para abater as experiências dolorosas habitam nos plantios da veracidade e professam uma fé caótica nos labirintos duma ostentosa mansidão.
segrego os encantos duma vida embutida em critérios que aconchegam a temperança gerindo os ferimentos que se enovelam numa certa monotonia que contesta a minha prolongada inconsciência.
há eventos que se materializam em agressões transgredindo as nossas subordinadas biografias quando a nossa crueldade homenageia os nossos feros ancestrais com atos que denunciam a nossa intrínseca condição.