São tantas as perguntas
Autor: DiCello Poeta on Thursday, 2 August 2018Aquelas que faço ao universo
como posso desvedar-me se não abrir
Aquelas que faço ao universo
como posso desvedar-me se não abrir
...foram tempos difíceis
momentos com dor e aflição
não concordava muito
Há pedras
aqueles desníveis inesperados
há situações que não sabemos
a minha alma empanturra-se com os relatos que vou escrevinhando: são muitas rondas exaustivas em torno dum palrar que me enovela; são temores convergentes onde eu divago sobressaltado.
Sim, silenciei os pensamentos
me introspectei nos desejos e sentimentos
Medito ao pensar nos desejos
na realização dos sonhos... na vida
como um todo, nos caminhos
A vida é feita pelo tempo
basta-nos saber usar ele corretamente
Os pessimistas vão dizer
Sim, temos que fazer uma meditação
uma profunda reflexão aos valores que estão em alta
moldei a minha têmpera na rocha mais dura da paisagem mais agreste: é o sinal duma evolução em que a poesia avulta na grandeza fulva dum oásis redentor; é a esperança que eu vou conservando na observação exaustiva da minha alma segregada.
Crianças órfãs do futuro
Sem berço, sem amor
Feridas, maltratadas,
Confinadas, raptadas,
Violentadas …
Recrutadas para lutar
Maldita guerra!
Atroz calamidade
Crianças privadas de alimentos
De água, de abrigo
Vítimas vulneráveis
Sem aconchego sem lar
E vem o Desespero de mãe
Que coloca seu filho
Em navios amontoados
De gente aterrorizada
Na esperança de um mundo melhor
E no mar…
Sua superfície ondulante pode salvar
Mas nas suas profundezas ocultas