trinados íntimos
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 2 November 2016a sensibilidade é removida dos lugares habitados por bruxas e duendes atraves de deliberações amplas que sublimam a secura dos dias e as notívagas experiências.
a sensibilidade é removida dos lugares habitados por bruxas e duendes atraves de deliberações amplas que sublimam a secura dos dias e as notívagas experiências.
Refestela agora…que por aí anda um anjo, cujo nome é tempo, que fornece complacências e depois vigia.
Refestela que esse tipo ri-se, ri-se, deitado à sombra de quem faz maneios do sofrer alheio…
Refestela já, que esse um tem bojo farto, fundo mesmo, onde guarda seus feitos e, a quem de direito, há-de premiar.
há ações de controlo assético num mundo que flui como uma jibóia asfixiando a brutidade.
escavo desejos que sobem à superfície como trinados íntimos; que perfuram ócios quando a inspiração é feita de lágrimas abrasadas.
Não sou alguém espiritual, sou espirito, alma disforme.
E nesta etapa estou encarregue de transportar este corpo que me representa e se manifesta a cada passo que dou.
A luz que trago nos olhos é o reflexo do que guardo dentro desta matéria. A carne é a genética que carrego, a herança de milhões de anos, de milhões de estrelas, e é meu dever honrá-la, sem nunca esquecer que antes de ser carne e osso, já existia.
Corremos atrás do tempo e fugimos dele quais máquinas cronologicamente ligadas a uma total desconexão espiritual.
Não sabemos o que queremos nem o que não queremos, habituamo-nos a crescer insatisfeitos.
Eu não sou só eu...
tenho dias,
tenho dias que penso
tenho dias que nao
tenho dias q existo
e outros tantos q desisto.
é entre o sim e o não,
é entre a luz e a sombra
é no acreditar e na descrença
q a minha consciencia habita.
não tenho certeza de nada
mas o absolutismo em q vivo
faz desta alma a unica certeza q carrego