Meditação

vajantes do tempo

Viajantes do tempo

Somos viajantes do tempo
E no tempo divagamos, no tempo procuramos a razão
De desbravar os sentidos
Senta-te nesta cadeira e viaja comigo
Pelos céus, sob lágrimas dos deuses
Anda comigo…. Sonhemos
Sinfonias, tocam as almas dos perdidos no tempo
Harpas e violinos, embalam os que sonham

CORAGEM

A minha alma está partida, dividida
Despedaçada já sem forças, eu só peço
Que minha coragem vença o meu medo
Que o meu corpo não se quebre de pranto
Que a minha alma não se perca em agonia
Que a minha mente permaneça sempre erguida
Que os meus joelhos se dobrem à esperança
Que o meu coração não seja devorado pelos lobos
Que os meus inimigos me respeitem e não me temam.

 

 

É tão caro sorrir

Sinceramente achei que desta vez fosse diferente.

Pensei que definitivamente não seria eu abandonado.

Considerei a possibilidade de só talvez eu conseguir ser feliz.

Ponderei por um momento sobre a veracidade da tua existência.

Refleti pelo quão rídiculo, completamente, e inteiramente rídiculo eu sou.

Encontraste o teu grande amor? Faz parte desta maldição que me arrasta pela lama.

Tudo e todos à minha volta exponencializam o seu brilho.

Enquanto que o meu, apenas serve de breve iluminação a quem passa por mim.

Coisas banais

Medito até nas coisas não escritas
 
numa folha de papel em branco tão banais
 
Remendo os mesmos silêncios por onde hiberno matinal
 
Aprumo aquele bocejo deixado na corrente da vida
 
arguta e passional
 
fugindo-nos no rascunho do tempo
 
compulsivo e casual
 
assim que deixo a vida inventar-se
 
passageira, reciclada e tão cordial
 

Incorporação

Por vezes viajo pelo tempo,

Tão antiga que é minha alma.

Dos seus extremos até ao centro,

Percorro-a com toda a calma.

 

Vejo, vivo, respiro.

Tudo aquilo que dentro de mim persiste.

Um beijo, um livro, expiro.

Enquanto meu corpo resiste.

 

Um dia que a vida me abandone,

Perde-se tudo também.

Que minha alma não tem dono,

Quando deste corpo vive sem.

 

Realizador deste ardor,

Embora doa realizo-a.

Realizo esta dor,

Onde o teu nome a suaviza.

 

 

Quando breve é a vida

Comecei a rima mais breve de sempre,

Sem nada para dizer.

Apercebi-me por dentro,

Do que na verdade estava a escrever.

 

Propositada não seria a sua brevidade,

Porém no acaso envolvida.

No entanto tudo é limitado,

Quando breve é a vida.

 

Até mesmo a estrela mais brilhante,

Vê a sua luz diminuída.

Tudo é breve portanto,

Quando breve é a vida.

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