Aconchegar o amor
Autor: Machado on Thursday, 7 May 2015Aconchegar o amor
Quando penso nas nossas vidas,
Não sobra grande ilusão...
São histórias compreendidas,
Entre alegria, tristeza e paixão.
Aconchegar o amor
Quando penso nas nossas vidas,
Não sobra grande ilusão...
São histórias compreendidas,
Entre alegria, tristeza e paixão.
Sobram saudades
Meu riso me eterniza perante o cosmos...
Não sou feio, nem sou bonito, deveras,
Eu me preciso e tomo de mim a decência
Que me faz conspirar diante das naves
Edificadas como santuários de benesses
Que guardam segredos das intimidades...
Meu senso me leva a escalar altas colinas
Onde a consciência separa o joio do trigo
E soterra as iniquidades do orbe perverso,
Abrindo escalas que são botijas do bem...
Em meu silêncio doutrino as maquiavélicas
Eu me sinto meio cigano,
Nômade no palco das letras,
Buscando do alfabeto as tetas
Para retratar meus desenganos.
Sentimento lúgubre jaz e plana
Sobre as pétalas da inspiração,
As palavras tecem versos em vão
Que se perdem em estradas ciganas.
Pontuações me alucinam, fico tonto,
Entre as vírgulas da vida me defronto
Com labirintos que são becos sem saída...
Intensa morbidez governa meu corpo
Flagelado pelo anacronismo dum escopo
Que dormita inócuo sobre cinzas feridas!
Eu hoje dei
Eu hoje dei algo de mim...
dei um abraço amistoso...
dei um sorriso...
dei uma palmada nas costas
e um bom dia ao vizinho...
dei um beijo a uma criança...
dei uma esmola ao mendigo
e um aperto de mão...
Palavras ao vento...
Paixão é fogo que arde,
queima por dentro
e flameja por fora...
paixão arrebata bem forte
mas depressa vai embora
é como o vento norte
arrepia e já não mora...
Amor é bem diferente
Só Deus sabe
Faço parte de um todo,
Apesar de ser agnóstico, nesta páscoa faço uma prece: