Meditação

Linguagem das pétalas

Podemos ser a cada dia uma Primavera
 
e ter a cada instante na corrente do tempo
 
uma porção de fé que nos motive
 
a viver a vida como um acto derradeiro de amor.
 
Precisamos ser como as flores,
 
mesmo contendo seus espinhos,
 
exalam por amor o perfume que acaricia
 
nossos dias mais tristes.
 
Precisamos também entender a linguagem das pétalas,
 

Vinde a mim os pequeninos

 

 

Pro mundo ser feliz

Deve pedir emprestado às crianças.

Entranhar a sua estranha matemática,

Mas sem troco.

Espontaneamente calcular

O dividir depois das birras

A raiz quadrada do encontro

A multiplicação risonha

As somas do perdão das pirraças,

Muitas feitas pela atenção.

A subtração do ódio,

Clara na alegria molhada.

Os sistemas lineares para o céu,

Quando mal se sabe o sol

Porque o mundo será feliz

Quando deixar vir a si

A razão infantil do sentido,

Cidade de Deus

Sonho não morre

Só muda de casa.

É nebulosa

Etérea

De casca em casca.

Faz-se procissão

Que anima o homem

Transborda o mundo

Conserta a vida

Ou Vice-versa.

Vive atrito aos dicionários.

Não os letrados,

Mas os poéticos

Porque sonho é muita

Asa

E pouco conceito.

Ele fica

Entre

O tédio

Que separa

A rotina

Dos muros

À euforia

Dos pódios.

 

 

 

 

 

NATAL

                                  NATAL

 Natal, um  dia  especial,

Dia de reflexão...

Dia de pedir perdão; ou fazer reconciliação.

  Durante o ano, muito trabalho...

Cansaço e enfado;

Quando chega o Natal, sentimos aliviados.

  Natal, vem presentes,

Uma expectativa anual...

Por isso um  Feliz Natal!

Fica com Jesus; que é a Nossa Luz!

 

Madalena Cordeiro...

 

Tempo para a eternidade

Tempo para a Eternidade
 
Temos que acreditar no tempo
comprar dele a inusitada esperança
façamos da fé o poema mais casto
que alguma vez reverênciamos
percorramos perfumando da Terra
todos os seus movimentos anónimos
precisos, infinitos
em órbitas que só os sonhos contemplam
entre um cálice de partilhas
que só a grata esperança alcança
 
por isso temos sempre de acreditar

No encalço dos ventos

No encalço dos ventos
 
Passou por fim
a mesma calma maresia
o mesmo negrume da noite
se espreguiçando no meu desacato emocional
pleno de ares musicados
na simplicidade de um açoite
e não há nada que me satisfaça
pois entre os dedos se esvai
rasgando a noite
o rigor da nossa aliança e virtude
que aqui nos ata num enlace
desacelerando até os ventos 
petrificados de medo,

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