Espelho
Autor: Clerton on Thursday, 14 November 2013Eu não vejo o que sinto
Mas sinto que vejo
Vejo um mundo sem guerras
Com flores dentro dos canhões
Vejo as crianças brincando
E sorrisos brotando, em nossos corações
Vejo as paixões ardentes
Queimando como fogo as gentes
Que vivem nestes sertões
Vejo os olhares agrestes
Que correm, sem rumo, inertes
Em busca das desilusões
Eu vejo uma arvore, em prantos, caindo
E o algoz sorrindo
Com a serra nas mãos
Eu vejo minha pele tremendo
E a ternura esmaecendo