Meditação
a história duma moeda
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 10 September 2014uma moeda fulge no cetro, tapa o orifício da fome; anicha-se no ouvido, perfura o ar; em fúria avança e recua sobre os corpos ou funde a si quem parte em busca de ínfima sorte, na fonte peneirando, nas brasas da embriaguês; é uma coroa de espinhos, um enigma! inventa o açoite e o martírio e depois enterra-se no chão.
os fundamentos da alma
Autor: António Tê Santos on Wednesday, 10 September 2014destapo o roteiro dos abusos, abro os cortinados existenciais com a força obstinada dum energúmeno que sabe apreciar o lado ínvio das paisagens; infiltro-me nos aquedutos da comunicação para que o mundo se emocione com as minhas evidências, reconto os desenganos sequentes aos sorrisos prestimosos e sinceros, desfaço os nós anquilosantes com uma lógica arrevesada no entrosamento das ideias com os factos experimentais; concebo uma evolução sem as farpelas roídas dos arlequins nem os prejuízos dos usurários ou os caricatos desempenhos dos idealistas, exulto com as estaladas que me transportam
Elos de amor
Autor: Frederico De Castro on Monday, 8 September 2014Caminhando pela chuva
Autor: Frederico De Castro on Monday, 8 September 2014Quando um homem sonha
Autor: Frederico De Castro on Monday, 8 September 2014Pedra nua
Autor: Frederico De Castro on Sunday, 7 September 2014
Pedra nua
Somos pedras sózinhas, nuas...
desesperadamente graníticas
ruímos penosos ladeira abaixo
ofuscados pelo brilho imenso
que se gera no ambar desta dureza
infatigável
irredimível no tempo
e na lava que se derrama
pelas encostas da minha impaciência
referenciada em todo o pensamento
criativo e benevolente
de um quatzo tão puro e cristalino
que se ergue brilhando imenso
no xisto derradeiro da nossa existência
FC