Nesse tempo
Autor: Ezequiel Franci... on Monday, 5 August 2013NESSE TEMPO
Em que o tempo corria
Nasceu a urze do monte
E o alecrim do campo.
Das folhas aos frutos
Inventamos dias
Alegrias e lutos
Fui por aí
Como filho pródigo
Semeei
O que não devia
Colhi o que não queria
Da vida que vivi
Cantei canções
Sonhei ilusões
Que não colhi
Ora e na hora
Da morte
Pai,
A cada ano que se vai.
Sinto a falta de um pai.
De um amigo verdadeiro,
De ser meu companheiro.
Pai,
Sei que há muito tempo esta distante.
E que não tem mais volta,
Nesse destino constante.
Pai eu era apenas menino,
Quando você saiu do destino.
E hoje sou um homem maduro,
Não importa o que aconteceu,
Mesmo assim eu te procuro.
Pai,
São tantas lembranças.
De coisas boas de esperanças.
Mas também passei tanta tristeza,
Por não ter um pai que me desse firmeza.
O silêncio, no amor,
Se não é catarse,
Pode tornar-se
EnsurdeceDor.
06.04.2012, Henricabilio
in "Poemas curto-os"
PERDOAR
Grande é a palavra perdoar.
Esquecida - a ofensa vai ficar.
Submissão? talvez sabedoria.
Na sua prática e não na teoria
Pela cultura que nos foi dada
Por legado? – formação eu diria!
Grande é a palavra odiar - o oposto!
Bem feliz deve ser quem no azul pode
Ler a mensagem que o infinito traz,
Nas linhas radiantes dessa crença,
Da vida uma esperança e nada mais.
Melhor colher no céu uma ventura,
Melhor dormir aos pés do trono altivo,
Melhor dessas estrelas fazer tochas,
Que acendem a alegria no olho esquivo.
Melhor... Que se perder na lapa extrema,
Procurar em vão o que não existe;
O céu é uma tampa que transparente,
Anima o palpitar de um seio triste.