árvores mato
odores imagens
de uma paisagem
primordial
crianças soltas
no vento
in free style
foscas folhas
ruidos silvestres
fortes raízes
expostas
no forte manto
de minha recente
memória
A beleza de uma árvore e e versatilidade do seu fruto.
tal como as florestas
e as arestas
de flores tenras
tal como os ares
e os hectares
de terra lenta
tal como os homens
e os drones
aéreos
assim se faz a pronúncia
desse tempo:
-solene sereno
diluído no vento
estou ávido para me expor
completamente
ao vento / ao sol / ao luar
que seduzem-me
com um apelo alcalino
de memórias líquidas
-oásis iminente
que se insinua
a um tuaregue sedento
flagrei uma rosa
capturando meu olhar
sem hesitar
fitei-a ternamente
no ensejo de revesti-la
com a aura de flor
borboletas são graciosas
têm asas e cores vivas
e seguem o rumo
que seu instinto indicar
quando for possível
tentarei voar também
sem que me perca
em cirandas vãs
sou lepidóptero-sapiens
vertebrado e sem asas
e preciso me capacitar
para a vocação da larva
Brasa liberdade, inserida no anoitecer.
Chegas em esperança, libertas o viver.
Que realidade.
Brasa liberdade.
Assente em ousadias,
letras, poemas, poesias.
Que dizer, sem a este mundo pertencer.
Tenho de ser missão,
cumprir o aqui estar.
Até Deus o designar,
tenho de superar, esta estadia.
No perto me entrego há maresia,
areia ou ondular,
sempre nas dunas do mar.
Separar o bem do mal,
para a consciência não me pesar.
Tenho de ser amor,
Caminho, anel, porta ou janela,
natureza em flor.
Aureado em cor.
Anel, brilhante flor,
sem teimas, apresenta amor.
Alma em paz interior,
verdade no capacitar.
Verso, poesia, prosa no amar.
Por favor, meu bem.
Entra, sem olhar a quem.
Deus ensina.
Paz, amor, em forma de cor.
Tendo o coração, como eterna flor.
Anel, a verdade do Deus amor.
