Natureza
Questionável Relevância
Autor: Duarte Almeida Jorge on Thursday, 2 March 2017Atração pelo abismo,
Seria esse o título da minha obra.
Obra que é a minha vida, cantada em rima.
Chorada também, lágrimas pelo meu pai,
Lágrimas da minha mãe.
Lágrimas quem as tem?
Eu não consigo mais chorar.
Raiva por quem?
Eu quero é amar.
Amar ninguém, ou alguém a passar.
Como estou eu,
De passagem.
Qualquer lugar é uma miragem.
Ver, cheirar e partir.
Para outro jardim.
Como uma criatura insignificante,
Carrego a minha significancia
Só Rosas
Autor: Madalena on Monday, 20 February 2017Só rosas, não é um mar de rosas.
É simplesmente rosas.
Aquelas que colore a vida, o jardim.
O perfume dela fica em mim.
Que posso fazer se o meu amor,
Tem cheiro de flor?
Amo o que tenho!
E busco o que não tenho.
Uma rosa, uma simplicidade.
Mas, ela enfeita alguém,
Até para a eternidade.
Madalena Cordeiro
O Caminho da Liberdade
Autor: Miguel António ... on Wednesday, 15 February 2017O caminho da liberdade
Ser livre é permitir que a alma frutifique em terra de ninguém, terra fértil, terra preta, o húmus da solidão.
Nessa terra, posso ver as neblinas que chegam com o frio da noite e envolvem lentamente os ramos dos choupos. Caminhando é possível alcançar as árvores, mas a neblina afasta-se.
Nessa terra, caminho só, oiço o silêncio do inverno e fico suspenso no tempo sem chegar ao destino.
Miguel Sousa Santos
(24/01/2014)
Helena e o boi Bravo
Autor: Madalena on Saturday, 11 February 2017HELENA E O BOI BRAVO
Era uma vez, uma menina chamada Helena, muito esperta.
Ela saía pelas manhãs a colher flores, frutos e se encantava ao ver as joaninhas.
Helena, era estudiosa e sempre a melhor da sala de aula. Ela brincava com todos os coleguinhas, quando alguém brigava, sempre Helena dava um jeito de acalmar a turma.
Os professores convidaram-na para ser líder de sala.
A noite de janeiro
Autor: Miguel António ... on Friday, 27 January 2017A noite de janeiro
Gosto de ver a noite nos meses de janeiro.
Quando era pequeno caminhava nas florestas por cima das folhas, subia veredas para chegar mais alto, acreditava que subindo mais e mais, podia ver de perto as constelações e as estrelas cadentes.
Árvores
Autor: Miguel António ... on Sunday, 22 January 2017Árvores
As árvores vivem livres;
Quanto mais velhas mais belas;
A sua idade são folhas que voaram com o tempo;
Vencem os dias sem fadiga e sofrimento;
Cantam com o vento enquanto abraçam o céu;
Abrigam os pássaros nos ramos e dão paz
Aos que na sua sombra sonham.
Miguel Sousa Santos
(09/10/2015)
Eu e a Roseira
Autor: Madalena on Friday, 20 January 2017Eu e a Roseira
Deitava-me sobre a roseira.
Não temia os seus espinhos,
considerava-os por ser a defesa dela,
Mas, na hora da morte, morre a roseira
e os espinhos juntamente com ela.
A dor da perda só passará,
se porventura eu encontrar,
outra roseira da mesma espécie
para colocar em seu lugar.
Olha esta foto!
Eu e a roseira...
Sem medo dos espinhos
jogando todo meu afago.
O meu corpo tombado,
sorriso escancarado,
sobre essa beleza
Onde eu ingénuo existo
Autor: Duarte Almeida Jorge on Friday, 30 December 2016
Queremos o que não podemos ter ao mesmo tempo que menosprezamos o que temos.
Caímos assim, para mais tarde caír novamente.
É tão fácil passar uma vida a sonhar, tão fácil nunca dormir.
Institivamente acreditamos que o momento é crítico.
O agora oferece infinitas possibilidades dentro do negativo e positivo desta vida.
Sem arrependimentos, porém reféns na inevitibilidade da consequência.
Continuamos a sonhar, continuamos a falhar.
Na persistência encontra-se a virtude deitada na cama da teimosia.