Natureza

Questionável Relevância

Atração pelo abismo, 

Seria esse o título da minha obra.

Obra que é a minha vida, cantada em rima.

Chorada também, lágrimas pelo meu pai, 

Lágrimas da minha mãe.

 

Lágrimas quem as tem?

Eu não consigo mais chorar.

Raiva por quem?

Eu quero é amar.

Amar ninguém, ou alguém a passar.

 

Como estou eu,

De passagem.

Qualquer lugar é uma miragem.

Ver, cheirar e partir.

Para outro jardim.

 

Como uma criatura insignificante,

Carrego a minha significancia

Só Rosas

Só rosas, não é um mar de rosas.

É simplesmente rosas.

Aquelas que colore a vida, o jardim.

O perfume dela fica em mim.

Que posso fazer se o meu amor,

Tem cheiro de flor?

Amo o que tenho!

E busco o que não tenho.

Uma rosa, uma simplicidade.

Mas, ela enfeita alguém,

Até para a eternidade.

Madalena Cordeiro

O Caminho da Liberdade

O caminho da liberdade

Ser livre é permitir que a alma frutifique em terra de ninguém, terra fértil, terra preta, o húmus da solidão.

Nessa terra, posso ver as neblinas que chegam com o frio da noite e envolvem lentamente os ramos dos choupos. Caminhando é possível alcançar as árvores, mas a neblina afasta-se.

Nessa terra, caminho só, oiço o silêncio do inverno e fico suspenso no tempo sem chegar ao destino.

Miguel Sousa Santos

(24/01/2014)

Helena e o boi Bravo

HELENA E O BOI BRAVO

Era uma vez, uma menina chamada Helena, muito esperta.

Ela saía pelas manhãs a colher flores, frutos e se encantava ao ver as joaninhas.

Helena, era estudiosa e sempre a melhor da sala de aula. Ela brincava com todos os coleguinhas, quando alguém brigava, sempre Helena dava um jeito de acalmar a turma.

Os professores convidaram-na para ser líder de sala.

Árvores

Árvores

As árvores vivem livres;

Quanto mais velhas mais belas;

A sua idade são folhas que voaram com o tempo;

Vencem os dias sem fadiga e sofrimento;

Cantam com o vento enquanto abraçam o céu;

Abrigam os pássaros nos ramos e dão paz

Aos que na sua sombra sonham.

Miguel Sousa Santos

(09/10/2015)

Eu e a Roseira

     Eu e a Roseira

Deitava-me sobre a roseira.

Não temia os seus espinhos,

considerava-os por ser a defesa dela,

Mas, na hora da morte, morre a roseira

e os espinhos  juntamente com ela.

A dor da perda só passará,

se porventura eu encontrar,

outra roseira da mesma espécie

para colocar em seu lugar.

       Olha esta foto!

        Eu e a roseira...

Sem medo dos espinhos

jogando todo meu afago.

O meu corpo tombado,

sorriso escancarado,

sobre essa beleza

Onde eu ingénuo existo

 

 

Queremos o que não podemos ter ao mesmo tempo que menosprezamos o que temos.

Caímos assim, para mais tarde caír novamente.

É tão fácil passar uma vida a sonhar, tão fácil nunca dormir.

Institivamente acreditamos que o momento é crítico.

O agora oferece infinitas possibilidades dentro do negativo e positivo desta vida.

Sem arrependimentos, porém reféns na inevitibilidade da consequência.

Continuamos a sonhar, continuamos a falhar.

Na persistência encontra-se a virtude deitada na cama da teimosia.

Pages