Natureza

Lua

 

Musa inspiradora dos meus versos

Que acaricias as estrelas

E apareces majestosa ao luar

Espelhas-te nas águas cristalinas

Enquanto os lobos uivam

E os poetas libertam sentimentos

Estimulas os sonhos

E fixas-te no coração

Do homem apaixonado

Lua…

És o mistério que só o amor sabe explicar

Peço-te protecção para o meu coração

Retira dos meus pensamentos

Um passado de desilusão

Tu que tens um lindo brilho

Um gesto de clamor

Que fecunda em admiração

Entardecer

Que encanto

Este momento presente

Que lindos painéis

Bailam na minha mente.

A inspiração faz-se presente

E tudo se torna poesia eternamente.

A brisa invade o meu olhar

O perfume do vento embriaga-me

Sinto saudade do mar...

Vem meu amor...

A noite não tarda em chegar

Vem vislumbrar o por do sol

A paisagem é de encantar

Vem ver o sol a fundir-se no mar

Vem conjugar comigo o verbo amar

Nascer para voar

 
 
O céu sorriu
o sol brilhou
a Primavera se abriu
e o passarinho cantou.
 
Com a arte do amor
dos ramos fez um ninho
aconchegou-o no seu calor
com o seu corpo de passarinho.
 
 
No ninho guardou o ovo
com um canto de embalar
onde um pássaro novo
nasceu para voar...
 
 
Fernanda R. Mesquita
 
A foto é uma ilustração minha, pintada com tinta acríilica
 
 

EVOLUÇÃO

Ejaculei pensamentos

Sobre a réstia da lua,

Recebi da noite

O orgasmo das estrelas!

No céu estava escrito

Que, para concebê-las,

É preciso despir-se das vaidades

Que a terra acumula.

 

Masturbei ideais

Que se bronzeavam

À luz do sol!

Ganhei do dia

O abraço com

Flores de primavera,

Mas o vento imprimiu

Na brisa de minha janela

Que o calor alimenta

O bater dos corações e

Desnuda-se de seu anzol...

 

Copulei com as folhas caídas

SOBRE OS MARES

Ergo-me setentrional e orador no Mediterrâneo,

Sou filho do tempo e adorador do Pacífico,

Navego em águas cristalinas com dons específicos

E sobre altares de pedra sou lutador espontâneo.

 

Desbravo as correntezas coadjuvantes do Atlântico

Perambulando sobre vagas revoltas e bravias,

Venço aos mares, não sou enciclopédia doentia

Que se envolve em torvelinhos que causam pânico.

 

Batalho inimigos que cruzam afoitos o Índico

E os faço prisioneiros por serem cruéis e cínicos

COSMOVISÃO

Deixai-me ouvir a voz que sussurra em  minh’alma

E as cachoeiras que choram águas na natureza...

Prados e bosques sentem no frio dos ventos

A algazarra dos pássaros que cantam solitários

Melodias em que o crepúsculo convida a aurora

A bailar perante o rubro arrebol que desperta e morre...

 

Deixai-me escutar o mar que joga bravias ondas

Sobre as pedras insensíveis do pálido litoral

Que boceja suas ingratidões sobre tapetes de areia...

Tempestades de emoções inundam no calor das noites

Viemos Em Paz Mas Não Somos Covardes...

Onda com onda
O mar bate a tarde. 
Vento com vento,
Não somos covardes...
 
O mar nos traz paz,
Nos lembra a amizade!
Os sonhos batem
Batem com vontade...
 
Os dias passam,
Passam com a vaidade.
Vida com vida
Nos pensamentos
 
Eterna ferida.
Eternos momentos.
Chega uma hora que a gente admite
E explode como dinamite!

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