Natureza

Verão

Manhãs quentes que se prolongam pelo dia inteiro. Cheira a fresco e fresco se sente numa brisa que cai em leveza na pele. São banhos nas águas salgadas e brincadeiras nas mais doces. 

Bela natureza

Bela natureza

Ò bela natureza
que, sempre acordas
com alegria e beleza
em todas as auroras.
Te machucam
te pisam
te cortam
te nao olham.
Às vezes, te amar ignoram
te levantar, nao foram
te acarinhar nao sentiram
te falar, nao aprenderam.
Choras-te
mas, nao magoas-te
só, o bem semeas-te
a todos de igual amas-te.
Com carinho
a todos recebes
sempre sorrindo
por vales e sebes.

Andorinha
31/08/2013

Neve

Cai neve lá fora sinto-me encurralada

Se o tempo não melhora, não posso sair, não posso fazer nada

Resta-me pegar no livro que á muito esqueci

Olhando através do vidro que com o meu calor humedeci

O tempo está passando, está frio lá fora

A neve que teima em cair, cai a toda a hora

Continuo lendo o meu livro, desviando o meu olhar

Para ver a neve cair, e a rua com ela se cobrir

Desfolhando cada página que me leva a sonhar

Um novo pensamento a cada leitura

Uma história que me faz sorrir

Desistir seria esquecer

Supera esta inquietude um sopro repentino. Semelhante a uma brisa que corre pela tarde desvanecida em céu de tons mistos. Sabe a inverno e neste se faz sentir o conforto do interior. Pela noite fora e até a madrugada chegar à porta, limpam-se os pés molhados no tapete junto à porta das traseiras. Esta entra sem cerimónias e senta-se ali no sofá de canto, aconchegando os pés de seda sem esquecimento das lágrimas que agora secam sem piedade.

Luzes

As luzes da cidade anunciam

O inverno está chegando

E no céu as estrelas esmaecem 

Com medo da escuridão.

Tudo que eu queria era ver aquela estrela

Que perto da lua brilhava

E logo esvoaçava

Na infnita imensidão dos seus olhos.

 

E o som do mar, o som do vento, de nós

Perdeu força

Para o som dos motores

Para o som dos tiros.

Tudo que eu queria era ouvir aquela música

Que diz que o amor

É coisa para profissional.

 

E as arvores, serenas e nobres

caíram

Bela vista

 

O vento no rosto, sol no ocaso.

A última fruta daquela arvore

As abelhas voam em ziguezague

Lá no fundo dois gaviões

As nuvens escoam sem pressa pelo céu azul

O lindo céu azul

Maculado pelo crepúsculo

Como um coração que sangra

Ao ver a partida do seu amor

O sol desaparece paulatinamente

O céu chora e suas lágrimas são brilhantes

Aflora sentimentos, materializa desejos.

Prantos se dissolvem, nascem sorrisos.

Alivia dores, inspira poetas.

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