Pensamento

Sei que vou chorar

Eu sei que vou chorar  cada vês que me lembrar da tua cara e dos teus olhos de amêndoa. Um sorriso lindo como se fosse  uma lenda.Sei que vou chorar para sempre o tempo não se repete. Sou libertino do presente e não sou crente, não acredito, não me quero assombrar. Sei que vou conseguir sarar esta ferida, vou estudar esta amarga fenda. As estações do ano vão passando, também o gelado do verão se derrete.

Limbo

Não saber o que querer,
É como nadar no limbo da vontade, ou na falta dela,
Sem saber para onde ir.
Eu já não sei o que quero,
Quero querer alguém e já te quis a ti aqui.
Mas aqui já não se erguem muralhas,
Nem obstáculos que te impeçam de chegares até mim.
Querer-te aqui é viver diariamente numa luta com a ambiguidade, 
Porque se aqui estivesses, aqui seria perto demais 
Para alguém que tanto dano poderia provocar em mim,

O caminho

Posso não me sentar nas estrelas a olhar para a lua, viajar nu pelo infinito e misterioso espaço, poder olhar para o planeta azul vendo a beleza nua, pedir boleia para casa a um cometa resistente como o aço, andar na água no mar governado pelos deuses, subir montanhas altas nunca descobertas pelo homem, posso não realizar o meu desejo o sonho dos deuses, mandar embora todos os meus medos e receios, que me consomem

Sabão azul e branco

Lembrar da criança que ainda permanece no nosso corpo, agora mesmo olhei para ela, depois de tantos anos, como poderia me esquecer da infância uma injeção anticorpo, o quarto de azul e o teto branco, e os cortinados feito de panos, o chão frio de cimento, a base do meu pequeno pé gasto, o barulho dos vagabundos cães, nas frias noites de fevereiro, a minha almofada de cheiro a sabão que me abraçava sem deixar rastro, todo o dia uma aventura e no fim um banho, eu era a tinta e a banheira alguidar o tinteiro…

Equilíbrio

Equilíbrio
 
Depois de algum tempo 
acabamos aprendendo
a diferença, a subtil diferença
mesmo quem não mereça 
entre dar a mão por tudo
mas não deixar a alma acorrentar
aprendemos a contingência
nos ditames do coração
tantas vezes indeciso e açoitado
aprendemos a construir em equilibrio
todas as nossas palavras impulsivas 
porque a estatura do amanhã
é incerta demais

Rebuçados de mel

A juventude é o momento da vida vivido nas estrelas, a energia é enorme liga todos os planetas, a idade da rebeldia sinonimo da oposição e resistência em estado selvagem, os desejos e sonhos compartilhados em sintonia da descoberta do mundo e da amizade, da tristeza e da caixa de pandora da incerteza do futuro, mas a natureza é bela e mágica e com ela vem o conhecimento e o cheiro, a paixão e o bater acelerado de tantas perguntas, ansiosas e desejadas respostas como rebuçados de mel, derretendo muito devagar no calor de verão, mergulho no mar sinto as energias do Equador da Terra, a água e

O farol

Nas noites quentes de verão onde o céu se estende até perder de vista, lá longe se ouvia os foguetes que a felicidade comemorava, o mar estava calmo e a areia branca ainda estava quente como se lua fosse o sol, segurando as sandálias gastas pelos registos das caminhadas sem destino, as sereias piscavam os olhos e queriam saber o meu nome, eu confuso não parava com medo, pois não sabia muito bem nadar, do meu bolso tirei uma pequena garrafa, era uma aguardente muito especial ela foi dada por um velhinho, tínhamos o mesmo gosto e um vicio decadente, o gosto forte e legitimo fez-me acender um

Arca de Noé

Espalhar semear magia a terra está cada vez mais carente, envolvida em experiencias provocadas pelo homem macaco, poluindo o mundo com o desejo de querer mais, descobrir o porquê das coisas, a origem a história da humanidade, a morte dos dinossauros a explosão cerebral.

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