Pensamento

Uísque (O Canzarrão)

Autor: Luan Soares on Sunday, 10 August 2014
Na sala estava caído.
Derrotado pelo uísque...
 
Num colchão. Só e estirado!
De tanto que havia bebido
De veneta acabara deitado!
 
Dei boas-vindas com o fôlego da mente
E o esforço, nem sei de qual indução!
Como quem procura e por assim consente
 
Avivou-se um dia todo depois...
Veio ter uma conversa comigo.
Parecia mais um canzarrão!...
Aquela fala áspera de tom grave

A Linha do Tempo

Autor: Luan Soares on Sunday, 10 August 2014
A Linha do Tempo é um castelo..
Tudo coexistindo em paralelo
E a Terra no Tempo é um farelo.
 
Das montanhas do México
Às esculturas de terracota Chinesas
Você, o Irlandês, o Alemão, o Russo e a Japonesa...
Do camelo, no deserto do Saara
Ao tecido de plumas da monarca inglesa...
 
A Linha do Tempo é uma salada de frutas
Sem direito à sobremesa.
 
24 . 06 . 2014
20 . 07 . 2014

Cristo Redentor!

Autor: Luan Soares on Sunday, 10 August 2014
Cristo Redentor, 
Como posso conhecê-lo?!
Moro longe. 
E aí eu penso e chego a concluir
Eu não sou desimpedido
De ir vê-lo...
E cristo redentor, por favor,
Abre mais os teus braços!
Nessa desgraça muito filho teu
Ainda precisa de um forte abraço
Daqueles que aconchega, por favor,
E pra sobreviver do teu amor...
Deixe-me entoar este grito entremesa
Pratos de comida sobre a minha mesa

Quem Entende Entende...

Autor: Luan Soares on Sunday, 10 August 2014
Código do universo coerente
Quem entende entende
Quem não entende só consente.
Uma cárie nos dentes
Uma chave entre colchetes
O embate resistente...
Quem entende entende
Quem não entende só consente.
A fome nos lares...
A casmurrice urbana (humana)
Nunca vai mudar!...
Dói ler? De novo!
Nunca vai mudar!...
Nós mesmos não nos ajudamos!
Nós mesmos nos danificamos!

O Ciclo

Autor: Luan Soares on Sunday, 10 August 2014
Gira dia escorre noite
E o ciclo sempre vivo
Como uma catacra morta
Que vai se renovando.
Biologia do ser ativo
Carne ossos e umbigo...
Alma nasce todo dia!
Alma morre todo dia!
No vale das savanas
O homem antigo vivia
De caçadas insanas
Nômades na era vazia
Rodeado de coisas
Indescobertas
Rodeado, e mais rodeado
Do que a gente
De fantasia.

Meu Cadáver

Autor: Luan Soares on Sunday, 10 August 2014
Não sejam burros!
Não presenteiem meu cadáver
Com esta porção de flores coloridas
Minha alma do corpo já foi despedida...
 
Não percam tempo!
Hasteiem suas bandeiras
E não me lancem este tom de voz ferida
Olhem!...
Vou usar as flores morto pra quê?!
Me dêem as flores em vida...
 
20 . 07 . 2014

Minha Labareda, Meu Fluxo de Raciocínio!

Autor: Luan Soares on Sunday, 10 August 2014
Minha labareda de fogo!
Meu DNA indiscernível 
Meu fluxo, meu fluxo de raciocínio.
Inexperiente mas acolhedor.
Inexecutável mas observador.
E quando me dirigem uma pergunta
Vou a Marte e volto na segunda...
Minha marola!...
Meu esquema,
Minhas vontades.
Estive tanto tempo na fila 
E ninguém nem mesmo me passou um lustra-móveis. 
Tenho poeira nos cantos da axila
De coisas que quero mostrar e não posso. 

A Rota Que Não Pode Ser Perseguida (O Estratagema)

Autor: Luan Soares on Sunday, 10 August 2014
Esses corvos... eu vejo o que ninguém vê
E perdi até mesmo a noção do meu tempo.
Eu não sei nem nunca soube usar dinheiro.
(Deve ser por isso que não tenho...)
A cúpula... Eu também pressinto o mal!
Quero me mover no passo exato
Quero sentir a felicidade novamente
E não só esse gosto amargo e barato.
Eu lembro, o que vi deixaria, eu sei,
Deixaria qualquer um completamente traumatizado. 
O boldo, a casa e a comunidade,

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