Na Tua Ausência
Autor: António Cardoso on Wednesday, 23 July 2014O vento sopra e as folhas caem ao chão,
A chuva percorre o passeio onde só caminha a solidão.
Está tão frio que chega a ser difícil aguentar,
O vento sopra e as folhas caem ao chão,
A chuva percorre o passeio onde só caminha a solidão.
Está tão frio que chega a ser difícil aguentar,
Se eu pudesse voltar no tempo
Nem pederia um dia
Apenas uns minutos.
Voltar no tempo!
Queria que fosse no dia que te conheci
Queria uns segundos daqueli sorriso gigante.
Se eu pudesse corrigir, talvez corrigisse o meu medo.
Se eu pudesse entao repetir uma cena seria...
o daquela noite do qual tao silencioso ficaste.
Se eu pudesse desfazer algo
Seria recuar no tempo e arrancar a magua que te causei
Se eu pudesse ainda pedir um desejo
Seria ir de traz para frente corrigindo,
Que assim seja, minha criança distraída
Numa ínvia quadra, onde o mistério é soberano,
E, que não reine em teu cantar vigor profano
A iludir, como dos mares esta acre vida.
Bela sereia cuja nota suspirosa
Guarda segredos que nos põe tão sonhadores,
Pobres mortais escravizados p`los amores,
Eis que um dia não serás mais desdenhosa.
Quem sabe quando? Nada pode-se colher
Nas paragens desta ideia de áurea ventura,
Quando eu espreitar-te risonha na natura,
Dentro em teus olhos resplendendo o amanhecer.
Sete pecados capitais
Sou um poeta sem nome
Sem nome e sem destino ... por isso não trilho caminho
Vagueio um olhar apenas para vaguear o pensamento
E por mais que contemple
Não me sinto indiferente
Ao que contemplo e sorvo avidamente
Sou ávido e sinto gula
De ver ... sentir e degustar
O sabor do contentamento
Ao vislumbrar o teatro dos sonhos do pensamento.
As noites de primavera
vão embora,
como a prima Vera,
em boa hora
antes do inverno chegar.
A prima Vera é estranha,
quer e não quer,
mas a saudade tamanha
é ainda mais mulher
para a fazer teimar.
Uma brincadeira de criança,
um sentimento de quem não sente,
um dizer que já me cansa,
um presente não presente.
É assim a vida
de alguém que não é assim,(!)
mas não ser assim são apenas palavras...
Se é o fim?
Só daquilo que não amavas!
A corrente vai nos arrastando,
Não nos leva a nenhum lugar.
O tempo, a todo o gás, vai passando,
Estamos perdidos, a vagar sem destino, num ponto qualquer do espaço infinito, se é que existe esse ponto, tentando, em vão, achar o caminho da vida eterna. Entretanto, sonhar não é pecado. Sonhemos, pois
Na ousadia das minhas palavras nunca temi, a coragem consagrou-me de lutadora independentemente ou não de ser uma vencedora.
Vencer acontece simplesmente quando tentamos e damos os nossos impossíveis.
Fracos são os que nos humilham com olhares violentos.
A motivação fica muito aquém de quem nos sabe dar aquela força que tão bem aconchega a alma e o coração.
Na ousadia das minhas palavras ouso dizer o simples que a ousadia inconveniente magoa e arranca a vontade de falar.